domingo, 7 de junho de 2009

Robert Castel,intelectual "engagé" de esquerda e anti-revolução


Quem já leu o sociólogo francês Robert Castel sabe,certamente,que ele não é um liberal e,inclusive,auto-intitula-se como um intelectual "engagé": ou seja,o contrário do"intelectual orgânico" (o intelectual que tenta reflectir ao serviço de um partido ou de uma orientação).Apesar de não ser um liberal,ele defende que o radicalismo de extrema-esquerda não é realista.Para ele,os conflitos sociais não se cristalizam em tornos de blocos antagónicos,são mais difusos,e,por isso mesmo,não se pode fazer marxismo como Marx,não se pode analisar a sociedade contemporânea em termos de puro conflito de classes.Em vez de revolucionário,prefere antes ser um reformista determinado por um ideal de esquerda,que é,conforme a experiência de 30 anos de experiência de análise da sociedade lhe ensinou,uma posição com mais hipóteses de ver os seus ideais vingar.

1 comentário:

Anónimo disse...

a figura de intelectual engagé é sempre de esquerda. E' que quando dizes intelectual engagé de de esquerda dá a impressao de que ha uma simteria, quer dizer um intelectual engagé de diretia.

Ora bem nao ha na cultura francesa essa figura de intelectual engagé de direita. Ha tao só intelectual de direita.

Se tivesse que haver seria um Raimond Aron, que no entanto preferiu a fórmula de espectador engagé; e isto porque Raimond Aron era um intelectual de direita que nunca esqueceu o seu passado de esquerda, pois ele começou por ser socialista, evoluindo depois para um pensador liberal, mas sempre com uma certa tendência para o lado esquerdo; um liberal de esquerda, diria o Edy?

Al Binda