Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que o leão, ou será morta.
Em África, todas as manhãs, um leão acorda.
Sabe que tem de correr mais depressa que a gazela, ou morrerá de fome.
Não interessa se és leão ou gazela.
Quando o Sol nascer, tens de correr mais depressa...se queres continuar vivo.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Violentamente Pacífico - RAS Mc Léo Carlos
1 comentário:
Anónimo
disse...
Desde garota sempre fui refratária quanto aquela história que alguns (talvez mais puros que eu) argumentam de que devemos separar a "mensagem do mensageiro". Pra mim uma mensagem está contida dentro de um contexto e nesse contexto o mensageiro é personagem principal e não um mero veículo.
O que esse rapaz diz é fundamentalmente verdade, claro, mas não é uma verdade que prima pela originalidade dentro do seu meio. Torna-se um grande "lugar comum" dentro daqueles que fazem "hip-hop", "rap" ou afins. É quase um mote. Um amontoado de palavras que muita embora lance suas flechas contra a Elite, faz inconscientemente o papel que essa própria Elite reserva ao "Protesto".
Esse é o tipo de Protesto que a Elite gosta. Um protesto emitido através de uma linguagem extremamente colonizada que, se traduzido para o inglês, pode muito bem ser de um negro ou "xicano" de Nova Yorque ou Los Angeles. Uma linguagem de gueto, reservado ao gueto e fadada a colonizar o gueto, mesmo que através de um suposto grito do oprimido. Um apanhado de manchetes de jornais entremeado de "broda" e "tá ligado?".
Posso parecer elitista, porém tenho uma opinião bastante sólida sobre essas coisas. A "virulência", o "protesto", a "indignação" do "hip-hop" dos "brodas" paulistas e do Funk carioca, tem como propósito único a perda da identidade e restringir esses protestos ao próprio gueto. Tipo, fiquem aí reclamando, esperneando, pois nessa forma não haverá ressonância em outros segmentos sociais. Pratiquem o "jus isperneandi" e que fique por isso mesmo.
Não vejo tanta relevância no MC Leo, porém como diziam Darcy e Brizola ser o "PT a Esquerda que a Direita gosta", esse é o tipo de Protesto que as Elites adoram.
1 comentário:
Desde garota sempre fui refratária quanto aquela história que alguns (talvez mais puros que eu) argumentam de que devemos separar a "mensagem do mensageiro". Pra mim uma mensagem está contida dentro de um contexto e nesse contexto o mensageiro é personagem principal e não um mero veículo.
O que esse rapaz diz é fundamentalmente verdade, claro, mas não é uma verdade que prima pela originalidade dentro do seu meio. Torna-se um grande "lugar comum" dentro daqueles que fazem "hip-hop", "rap" ou afins. É quase um mote. Um amontoado de palavras que muita embora lance suas flechas contra a Elite, faz inconscientemente o papel que essa própria Elite reserva ao "Protesto".
Esse é o tipo de Protesto que a Elite gosta. Um protesto emitido através de uma linguagem extremamente colonizada que, se traduzido para o inglês, pode muito bem ser de um negro ou "xicano" de Nova Yorque ou Los Angeles. Uma linguagem de gueto, reservado ao gueto e fadada a colonizar o gueto, mesmo que através de um suposto grito do oprimido. Um apanhado de manchetes de jornais entremeado de "broda" e "tá ligado?".
Posso parecer elitista, porém tenho uma opinião bastante sólida sobre essas coisas. A "virulência", o "protesto", a "indignação" do "hip-hop" dos "brodas" paulistas e do Funk carioca, tem como propósito único a perda da identidade e restringir esses protestos ao próprio gueto. Tipo, fiquem aí reclamando, esperneando, pois nessa forma não haverá ressonância em outros segmentos sociais. Pratiquem o "jus isperneandi" e que fique por isso mesmo.
Não vejo tanta relevância no MC Leo, porém como diziam Darcy e Brizola ser o "PT a Esquerda que a Direita gosta", esse é o tipo de Protesto que as Elites adoram.
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