O empresário Marcos Rodrigues, apesar de ter criticado a retórica política sobre o assunto, apresentou o típico discurso dos políticos: "que o empreendedorismo é apenas aquele inovador; que abrir uma loja ou engraxar sapatos não faz de ninguém um empreendedor". Logo a seguir entra em contradição quando diz que os emigrantes cabo-verdianos são empreendedores, incluindo, digo eu, aqueles que são apenas sub-empreiteiros, aqueles que vendem comida nas obras ou aqueles que têm pequenos restaurantes, lojas, bares ou firmas de limpezas. E apresentou a ideia completamente atrasado de que o empreendedor é "o homem solitário e extraordinário que corre atrás da realização pessoal". Para que conste: tudo isto é empreendedorismo. Apenas são empreendedorismo de diferentes tipo (uma leitura diversificada e actual serve para desfazer muitas ideias ultrapassadas).O Nilson falou o que deve ser falado quando se discute o empreendedorismo em CV,quando se referiu ao papel das instituições (sociais) formais e informais. Mas, acto desculpável por não ser sociólogo,ao tentar salientar o papel das instituições informais no empreendedorismo, confunde tudo quando diz que o "caboverdiano tem "cariz empreendedor porque desde pequeno queremos ser médicos; aviadores". Ora é exactamente o contrário disso: não se vê os pais a incutir nos filhos o espírito empreendedor. Simplesmente, querem que os filhos estudem para poderem vir a ter um bom cargo no Estado.
De tudo o que foi dito, não disseram o mais óbvio: em Cabo-Verde ainda não temos uma política de empreendedorismo. Existem, por enquanto, apenas discursos e programas pouco ou nada integradas entre si. E, ao menos isso, políticas de apoio às PME´s.
2 comentários:
Desta vez levas um 19 valores! Sempre perspicaz! Também eu seleccionei a bujarda desse tal empreendedor Marcos que despreza aquele que abre uma "simples loja de sapatos" e que portanto nao é empreendedor afirmava o pacóvio.
Vê-se mesmo que o gajo é empreendedor so em Portugal e Cabo Verde! Mas mais o bacoco dizia que uma loja de sapatos nao cria valor acrescentado. Mas conhece esse empreendedor a Italia e os sapatos italianos que sao desenhados pelos maiores designers.?
Ele que va dizer ao italiano que os sapatos italianos nao têm valor acrescentado!
E' o que eu digo: CVerde nao tem politicos à altura, nao tem intelectuais à altura e os seus empresarios sao uns coitadinhos a pensar que sao senhor do empreendorismo.
Enfim, quanto ao puto de serivço, desculpa la puto, mas é um puto; Nada mais; Um puto inexperiente e que nao sabe falar.
Mas la estava a analfabeta da jornalista a gabar os dotes do puto, porque ele é isto e aquilo e é até professor de Universidade.
Crioulo é seguramente muito bazofo!
Pois é Al Binda,
se formos pela conversa do nosso empreendedor Marcos Oliveira,a família Benneton ou o fundador desta empresa não poderia ser considerado um empreendedor,o espanhol fundador da Zara também não seria um empreendedor,o gajo americano do Starbucks (loja de café,veja só!),etc...
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