domingo, 13 de junho de 2010

BlogJoint: Prostituição


Apesar de ser um dos problemas sociais mais graves que o país enfrenta,raramente vemos os responsáveis nacionais a falar sobre a prostituição.O que tem feito o governo para combater a prostituição?O ICIEG,o que tem feito neste domínio?O que "pensa" os partidos da oposição sobre isto?E as juventudes partidárias,não tem nada a dizer sobre o assunto?
Provavelmente todos pensam o mesmo: "a causa da prostituição é falta de emprego e formação profissional e a solução está na criação de empregos".
Algumas pessoas defendem que sociedade cabo-verdiana é conservadora em termos de costumes e valores religiosos e que, por isso, os temas ditos fracturantes têm pouca possibilidade de sucesso. Temas por exemplo, como casamento entre pessoas do mesmo sexo, legalização das drogas leves ou a legalização da prostituição apenas servem para dividir e criar crispação na sociedade. Esse é uma das razões pelas quais os medias, os partidos políticos e as juventudes partidárias não têm temas fracturantes nas suas agendas políticas. Uma outra justificação é a de que o país tem dar prioridade à resolução de problemas mais graves para resolver,como por exemplo a pobreza e o desemprego.Enquanto isso,a prostituição aumenta à medida que diminui a idade das mulheres que optam por essa vida.Pessoalmente, mais do que o casamento entre pessoas do mesmo sexo, acho que já era altura de começarmos a falar sobre a legalização da prostituição em Cabo Verde. Se por um lado a repressão policial e a reinserção social não têm sido suficientes no combate à esse fenómeno, por outro lado, o Estado não têm “protegido” as prostitutas na sua saúde e previdência social. Como o combate à prostituição não tem sido eficaz, a atitude actual de toda a sociedade perante este problema é a total indiferença. Sabemos que é impossível acabar com a prostituição, ou mesmo diminui-la, porque também é impossível acabar com a procura (ou seja, haverá sempre clientes para esse serviço).
É preciso um movimento pró-legalização como forma de sensibilizar a sociedade e para pressionar o governos e os partidos políticos; pôr esse assunto na agenda mediática e política. Pagar a previdência social, descontar para a velhice e cuidados de saúde, ter direito a uma reforma, menos doença, menos criminalidae. O Estado não deve julgar moralmente essas pessoas,legalizar é o melhor método de controlo.

Legalizem a prostituição!

Defendo a legalização mas também sou sensível à necessidade de levarmos em consideração as condições prévias para que esse processo de legalização seja o mais correcto e democrático possível:

- estão as mulheres prostitutas interessadas na legalização da sua actividade ou preferem a ilegalidade?
- perante uma questão que pode, previsivelmente, dividir uma sociedade católica e conservadora como é a nossa, será ou não necessário um referendo?

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