segunda-feira, 3 de agosto de 2009

BlogJoint:Estado da Nação


O desenvolvimento económico não tem um sentido único;isto é,um país pode avançar e recuar no seu processo de desenvolvimento.Aqui vemos que os deputados não tem feito o trabalho de casa:desde a independência,passando pela abertura política e económica,quais foram os anos em que o país desenvolveu?Quem foi os principais beneficiários desse desenvolvimento?Quais foram os anos em que o país recuou no seu desenvolvimento?São sempre os mesmos a "sofrer" as consequências desses momentos menos bom?Quais são os sectores da nossa vida económica e social que têm desenvolvido mais e quais têm densenvolvido menos carecendo,por isso,de mais "atenção"?Quais são as políticas mais adequadas para incrementar o desenvolvimento económico e quais as mais adequadas quando o desenvolvimento recua?É preciso salientar que estou a falar do desenvolvimento económico e não do crescimento económico.
São questões com respostas óbvias?Talvez!Mas era uma discussão sobre essas questões que eu gostaria de ouvir no debate sobre o Estado da Nação.Entra ano sai ano,os debates sobre o Estado da Nação resumem-se a 2 posições: de um lado temos o grupo dos "crentes" e do outro lado o grupo dos "ateus" (onde também podemos encontrar alguns "agnósticos")...no fundo,cada um dos lados cumprem o seu dever.Cabe a cada cidadão "comprar" a versão que melhor se adequa à avaliação que faz do Estado da Nação.Certamente que,se quisermos ser rigoroso,o retrato da nação estara algures entre as duas versões.Pessoalmente,acho mais interessante analisar em perspectiva o desenvolvimento do país (como era antes e como é hoje).Fazendo isso,acho que já era altura de alterarmos as prioridades das politicas públicas: priorizar a "qualidade"em detrimento da "massificação" do impacto das políticas públicas.Ou seja,em vez de apostarmos na abrangência devemos agora apostar na intensificação da políticas públicas.Quanto ao debate em si,não sei correcto ou não,fico sempre com uma leve sensação de estar a assistir a um dos filmes dos Monty Python (que,para mim,tem mais qualidade).

2 comentários:

MM disse...

Desculpa Edy mas não posso concordar com "comprar a versão". Julgo que é também hora de xigir um melhor sentido crítico ao cidadão cabo-verdiano, uma análise desapaixonada, despartidarizada, verdadeiramente crítica que tenha sempre em atenção o país real. Proclamar meia dúzia de paradigmas é fácil, fazer as engenharias, criar oportunidades do nada é que é difícil.
Mas escreve quem tem um único fanatismo: o Benfica, o Glorioso é e será sempre o maior e o Porto o pior dos piores... mas não vai mal ao mundo por isso (acho eu!)
Abraço
Estarei em Lisboa dentro de dias mas com agenda de férias insuportável lol

Edy disse...

Boas MM,
qd disse "comprar a versão" queria mencionar apenas às versões apresentadas pelos 2 partidos no debate parlamentar e não ao Estado do país "em si"...fanatismo por fanatismo também so tenho 1,mas desconfio que nem tanto quanto ao teu: EFKEPE (em alupec)...precisamente aquele que os "gloriosos" tanto odeiam,FCP...Boas férias cá por Lisboa e muita ginginha...
Abraço