No geral,as propostas para a solução do desemprego que têm sido apresentadas podem ser agrupadas em três conjuntos.A 1ª estratégia consiste em aumentar a oferta de trabalho,ou seja,em aumentar o volume de emprego.Neste cenário,privilegia-se o aumento do crescimento económico para que o volume de emprego cresça proporcionalmente.Esta estratégia dominante é posta em causa pela evidência dos seus próprios limites: o crescimento económico por si só não pode resolver o problema do desemprego,pois ele não é ilimitado e é menos rápido que o movimento de destruição de empregos.Trata-se de uma solução económica clássica para um problema que sofreu uma mutação mais complexa e mais vasta.
A 2ª estratégia visa responder à própria existência de desemprego,sendo para tal necessário repartir o emprego disponível de maneira equitativa e harmoniosa.As propostas vão no sentido de "redistribuir o emprego",de "partilhar o emprego" ou,ainda,de "reduzir a duração do trabalho".Estas soluções desenvolvem-se actualmente em muitos países,assumindo formas diversificadas.Porém,qualquer que seja a forma,o problema de base é sempre o mesmo:quem paga?O assalariado?A empresa?A colectividade?Ou seja,o princípio de redistribuição do trabalho implica uma questão incontornável que é a de pôr em prática novos modos de redistribuição do dinheiro,isto é,das riquezas colectivas produzidas cada vez mais com menos trabalho.
A 3ª estratégia procura criar emprego fora do sector clássico e habitual do emprego.É o caso dos empregos de serviço às pessoas,onde o empregador não é mais a empresa,mas todo um sector de actividades que converge para uma economia social (ajudas domésticas,serviços de vocação social,apoio domiciliário).Esta ideia consiste em tentar criar um novo tipo de empresa,associativa,ao nível local,podendo produzir um novo tipo de actividades com função de utilidade social,susceptível de propor empregos alternativos acompanhados por um salário adequado.
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