Sociedade civil,sim,mas sobretudo se a sua concretização de manifestar no associativismo para escutar os pássaros no alto das montanhas do Arizona,e não em manifestações estudantis no centro de Paris. [(...)].
É natural que o patronato se queixe dos sindicatos,aliás cada vez mais débeis,ou que os governos se queixem dos interesses organizados,quando estes desafiam os seus planos,mas é mais difícil interiorizar que o conflito legítimo é um dimensão de vitalidade,a correlacionar com o dinamismo empresarial ou a mobilidade de mão-de-obra.
Trata-se no fundo da face diferente da mesma moeda nas sociedades europeias,mesmo que não sejamos simpatizantes de muitas das causas em disputa.Nesta perspectiva,a baixa taxa de sindicalização,ou do associativismo de causas,para não falar da fraca conflituosidade social,aparentemente uma excelente característica da sociedade portuguesa,sobretudo para quem está no poder,tem como reverso uma fraca e dependente cidadania.Nem a fogosidade dos meios de comunicação,que fazem de cada grupo de três moradores zangados um grande acontecimento nacional,consegue suprir este défice".
Sem comentários:
Enviar um comentário