O desemprego é manifestamente estrutural,na medida em que a rigidez do mercado de trabalho reduz as capacidades de adaptação à mudança.Uma das causas apontadas para o aumento do desemprego tem ver com a evolução demográfica,em que se regista um crescimento da população activa,com gerações mais numerosas e com um aumento da taxa de actividade feminina.Em seguida,a polémica em torno do desemprego tecnológico que,apesar de não reunir consenso na quantificação dos seus efeitos,apresenta algum peso explicativo no que diz respeito ao facto das NTIC contribuírem para a transformação da estrutura ocupacional e dos níveis de qualificação a ela associada.Finalmente,o argumento clássico da inadequação da oferta à procura de trabalho mantém ainda a sua actualidade.Continuam-se a detectar desfasamentos entre oferta e procura de emprego,dado que permanece a inadequação do perfil de qualificações,a degradação das condições de empregabilidade dos trabalhadores,o desprestígio de certas profissões e actividades profissionais,entre outros factores.
Não nos podemos esquecer que o desemprego se manifesta de maneira selectiva face aos assalariados de baixo nível de qualificação ou de idades e em função do sexo dos trabalhadores (porque os contextos e as lógicas empresariais replicam a divisão sexual do trabalho doméstico,persistindo práticas discriminatórias nos quotidianos de trabalho entre homens e mulheres)
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