fonte:Publico
Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda. Sabe que tem de correr mais depressa que o leão, ou será morta. Em África, todas as manhãs, um leão acorda. Sabe que tem de correr mais depressa que a gazela, ou morrerá de fome. Não interessa se és leão ou gazela. Quando o Sol nascer, tens de correr mais depressa...se queres continuar vivo.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
"O Estado de Israel é prejudicado pela cobertura dos media"
«A narrativa que prevalece costuma ser a dos vencedores, mas no caso do conflito israelo-palestiniano é a dos perdedores. Esta é uma das convicções fortes do investigador francês Daniel Dayan, que hoje, às 18h30, lança um livro, e amanhã, às 15h15, intervém na conferência internacional Conflito e Cultura, na Universidade Católica de Lisboa.O título da conferência é "Where are wars to be won: in the field or in the screen?" ("Onde é que se ganham as guerras: no terreno ou no ecrã?"). Segundo explicou este académico, ontem, pouco depois de chegar a Lisboa, os palestinianos podem estar a perder no terreno, mas estão a ganhar no ecrã, porque "Israel é prejudicado pela cobertura dos media", em geral.Judeu nascido em Casablanca em 1943, deixou Marrocos aos 18 anos e fez a sua carreira em França, onde foi discípulo de figuras lendárias das Ciências Sociais como Lévi-Strauss, Roland Barthes ou Edgar Morin. Actualmente é investigador do Centre National de la Recherche Scientifique. Tem analisado a linguagem dos media, e interessa-se por problemas como "a visibilidade" e o que a visibilidade constrói.Depois do 11 de Setembro, recorda, criou-se "nos media franceses uma ideia terrível de Israel, com uma necessidade constante de declarar que não se tratava de anti-semitismo". Mas Dayan acha que era. Exemplo? "Uma sinagoga nos subúrbios de Paris era incendiada e o Libération perguntava: porque falam de anti-semitismo? Esse artigo era típico." ...Nem vale a pena discutir a questão da objectividade, diz Dayan. "O jornalismo é um exercício artificial, uma performance. E então temos que o julgar como performance e ver qual é o seu objectivo." O objectivo certo, segundo Dayan, é "narrar de forma a permitir um debate". Mas no conflito israelo-palestiniano as "narrativas fecham, causam indignação". ...Assumindo-se como "pró-israelita", ressalva que isso não é "demonizar os palestinianos". Identifica-se com o Peace Now, que advoga um estado para os palestinianos, e acha que a guerra de Gaza "foi mais do que um crime, foi um erro, porque não serviu qualquer propósito". Mas o que critica acima de tudo é isto: "Por causa dos crimes, condena-se Israel à não-existência."».
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Se o Redy lê este artigo, é capaz de te matar Naxu!
E se ele sabe que tenho os livros do DAYAN, com quem ja troquei pontos de vista face to face, entao aí é que nao me vai suportar!
Mas nao ha duvida, que nesta blogaria crioula, vocês mais o Edy e o Rony sao os que mais têm dentro da tola!
Um abraço
Al Binda
Enviar um comentário