A nível estético o logótipo que vai ser a imagem de marca do país é um primor. Uma marca-país é muito mais do que um simples "jogo publicitário" com o qual se tenta criar artificialmente uma "imagem imaginada" do país para posteriormente ser divulgada no país e além fronteira.A essência de uma marca é a sua identidade e é exactamente por isso que uma marca-país não deve ser gerida como se fosse um produto comercial.Mesmo porque a identidade de um povo não muda ao sabor das estratégias publicitárias: porque essa identidade veiculada pela marca Cabo Verde tem de ser percepcionada internamente e externamente como algo genuíno pelos próprios cabo-verdianos e pelos estrangeiros.A marca-país deve transmitir o que é o país e como são os cabo-verdianos.Qual será a identidade ou o posicionamento da marca Cabo-Verde?A imagem será utilizada em todos os sectores da nossa economia (turismo,agricultura,produtos exportáveis,cultura,etc.) ou será exclusivo para o sector turístico?Faz sentido que a imagem seja única para todos os sectores e que,sector á sector e mercado alvo à mercado alvo,seja veiculada uma identidade de povo ou posicionamento da marca.
Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda. Sabe que tem de correr mais depressa que o leão, ou será morta. Em África, todas as manhãs, um leão acorda. Sabe que tem de correr mais depressa que a gazela, ou morrerá de fome. Não interessa se és leão ou gazela. Quando o Sol nascer, tens de correr mais depressa...se queres continuar vivo.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 22 de junho de 2010
Debate entre os líderes da JPAI e da JPD
Só hoje tive vagar para ler o frente a frente entre os líderes da JPAI e da JPD no jornal A Nação de 19/05. No geral, nada de novo: um conjunto de banalidades, lugares comuns e frases feita. No concreto, e apenas a nível teórico, o lidera da JPAI mostrou ser/estar mais bem preparado que o líder da JPD. Tanto um como outro não evidenciaram nenhum pensamento ou ideia estruturada sobre os problemas que a juventude cabo-verdiana enfrenta: tudo o que conseguiram dizer foi debitar ideias gerais com os quais todos concordam, tanto no MPD como no PAICV. Lá abriram o jogo e “confessaram” que a ambição é posicionarem-se desde como possíveis candidatos à líder do partido no futuro. Da entrevista toda retive apenas uma ideia, pela sua originalidade e peculiaridade: a medida proposto pelo líder da JPD em que defende que os partidos com assentos parlamentares serem contemplados por um terreno em cada concelho do país para aí serem construídas uma sede dos partidos.E uma constatação:nenhum deles tem uma causa,nem para estarem na politica e nem para a nossa juventude.
domingo, 20 de junho de 2010
Hábitos Antigos
Algumas noticias recentemente saídas nos jornais vieram mostrar que os nossos responsáveis continuam com algumas práticas,inevitáveis num passado recente,mas hoje em dia desnecessárias e,na maior partes da vezes,evitáveis.São elas: o protocolo entre a Câmara Municipal da Praia e o CESA (Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento) para a realização de um projecto de investigação-acção sobre o impacte comercial e social da construção do novo mercado municipal da Praia (com um custo de 69 mil e 516 euros,para 5 meses de trabalho);a criação do Observatório do Turismo vai ser conduzida pelo instituto de turismo de Portugal,a IPDT (Instituto Planeamento e Desenvolvimento do Turismo);o estudo encomendada pelo Unotur sobre as potencialidades do turismo rural em Cabo Verde foi realizada pela empresa portuguesa WinResources.
Nos casos dos estudos da CMP e da Direcção Geral do Turismo,como entidades públicas que são,deveriam dar o exemplo e efectuar um concurso público para universidades e/ou empresas de consultadoria cabo-verdianas. Estava convencido que, com a proliferação de universidades e centros de investigação académica em CV, estes tipo de situações iam diminuir drasticamente!Só em Santiago existem professores e,pelo menos,4 universidades com capacidade para fazer estudos naquelas áreas.Então,porque não uma universidade cabo-verdiana?Das duas uma:ou os responsáveis públicos ainda não confiam na capacidade cientifica das universidades e dos investigadores cabo-verdianos ou,numa atitude típica,são os centros de investigação das nossas universidades é que são passivos.É que,só no caso do estudo encomendado pela CMP,porque foi noticiada,vai sair do país a maior parte de cerca de 7 mil contos que podiam ir para uma das nossas universidades.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Sociedade Bloqueada
Das várias causas possíveis para o baixo dinamismo da sociedade cabo-verdiana, em termos económico e societal, uma das principais é a fraca mobilidade ou a pouca rotatividade profissional da nossa “elite”. A grande maioria da “elite” cabo-verdiana depende excessivamente do funcionalismo público e perigosamente dos favores partidários. Há aqueles que saltitam entre a política (governos e assembleia) e a função pública (institutos e empresas públicas) e há aqueles que, depois de perder o poder político, optam pelo sector privado mas mantendo os laços com a função pública através de pedidos de licença sem vencimento. Isto levou àquilo que hoje assistimos passivamente: um sociedade bloqueada e, ao contrário do que disse o ex-ministro da Juventude Sidónio Monteiro, com muito poucas oportunidades para os mais jovens. À baixa mobilidade corresponde baixa taxa de novos e jovens dirigentes. Mesmo para os jovens com mais capital humano e, principalmente, para aqueles com mais capital social a via mais rápida e de maior efectividade é a política. Há cada vez mais jovens a entrar nos partidos porque é lá, na política, que se encontra as oportunidades. No fundo, a “circulação” profissional é baixa e as oportunidades profissionais também são baixas porque a sociedade está bloqueada.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Investir na Bolsa de Valores de CV
Segundo o "A Semana" online,a "A Caixa Económica de Cabo Verde paga no próximo dia 18 de Junho, sexta-feira, dividendos relativos ao exercício de 2009. O valor pago para cada acção é de 198 escudos".Ou seja,um accionista vai receber em dividendos cerca de 20 contos por cada 100 acções da CECV.E a cotação do dia da empresa na bolsa de valores é de 2.585 ECV...triste rendimento esse!
domingo, 13 de junho de 2010
BlogJoint: Prostituição
Apesar de ser um dos problemas sociais mais graves que o país enfrenta,raramente vemos os responsáveis nacionais a falar sobre a prostituição.O que tem feito o governo para combater a prostituição?O ICIEG,o que tem feito neste domínio?O que "pensa" os partidos da oposição sobre isto?E as juventudes partidárias,não tem nada a dizer sobre o assunto?
Provavelmente todos pensam o mesmo: "a causa da prostituição é falta de emprego e formação profissional e a solução está na criação de empregos".
Algumas pessoas defendem que sociedade cabo-verdiana é conservadora em termos de costumes e valores religiosos e que, por isso, os temas ditos fracturantes têm pouca possibilidade de sucesso. Temas por exemplo, como casamento entre pessoas do mesmo sexo, legalização das drogas leves ou a legalização da prostituição apenas servem para dividir e criar crispação na sociedade. Esse é uma das razões pelas quais os medias, os partidos políticos e as juventudes partidárias não têm temas fracturantes nas suas agendas políticas. Uma outra justificação é a de que o país tem dar prioridade à resolução de problemas mais graves para resolver,como por exemplo a pobreza e o desemprego.Enquanto isso,a prostituição aumenta à medida que diminui a idade das mulheres que optam por essa vida.Pessoalmente, mais do que o casamento entre pessoas do mesmo sexo, acho que já era altura de começarmos a falar sobre a legalização da prostituição em Cabo Verde. Se por um lado a repressão policial e a reinserção social não têm sido suficientes no combate à esse fenómeno, por outro lado, o Estado não têm “protegido” as prostitutas na sua saúde e previdência social. Como o combate à prostituição não tem sido eficaz, a atitude actual de toda a sociedade perante este problema é a total indiferença. Sabemos que é impossível acabar com a prostituição, ou mesmo diminui-la, porque também é impossível acabar com a procura (ou seja, haverá sempre clientes para esse serviço).
É preciso um movimento pró-legalização como forma de sensibilizar a sociedade e para pressionar o governos e os partidos políticos; pôr esse assunto na agenda mediática e política. Pagar a previdência social, descontar para a velhice e cuidados de saúde, ter direito a uma reforma, menos doença, menos criminalidae. O Estado não deve julgar moralmente essas pessoas,legalizar é o melhor método de controlo.
Legalizem a prostituição!
- estão as mulheres prostitutas interessadas na legalização da sua actividade ou preferem a ilegalidade?
- perante uma questão que pode, previsivelmente, dividir uma sociedade católica e conservadora como é a nossa, será ou não necessário um referendo?
Acompanha o mesmo assunto na kufrontalidadi,bianda,emiliofernandes,cafemargoso,amilcartavares,pedrabika,teatrakacia,
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
ISCTE-IUL MIT Venture Competition
«Tem espírito criativo e gosta de arriscar? Tem alguma ideia inovadora guardada na gaveta? Quer inverter a tendência de insucesso no empreendedorismo português?Se respondeu sim, é o candidato ideal para o novo concurso de inovação e empreendedorismo organizado em parceria entre o ISCTE e o MIT (Massachusets Institute of Technology) - o "Caixa Capital Awards". Uma competição que vai mobilizar meio um milhão de euros e que foi desenhada à semelhança do concurso que existe há 20 anos no MIT, o "MIT $100k", que já lançou cerca de 33.600 empresas das quais 76% estão activas no mercado.
Algum empreendedor caboverdiano com um projecto verdadeiramente inovador?
Algum empreendedor caboverdiano com um projecto verdadeiramente inovador?
segunda-feira, 7 de junho de 2010
O "problema" da nossa economia
O MPD tem criticado a política económica do actual governo PAICV, nomeadamente no que diz respeito ao investimento público. Defende o partido da oposição que os investimentos públicos não tem tido resultado significativo no que diz respeito a criação da riqueza e do emprego. O investimento público tem tido um impacto muito reduzido na economia não por causa de qualquer erro da política económica do governo mas sobretudo devido às próprias características estruturais da nossa economia: como importamos tudo, são poucas as empresas cabo-verdianas que se beneficiam com esses investimentos. E, para piorar, hoje em dia somos obrigados a “importar” até as empresas de construção civil. A aposta nos investimentos público postulado pela teoria keynesiana era pensada sobretudo para economias desenvolvidas onde investimento público em massa pode dinamizar toda a economia através do efeito multiplicador via aumento de negócios e procura entre empresas.Contudo, o país continua a precisar de infra-estruturas e, por isso, o investimento público neste sector é aconselhável, de preferência em investimentos reprodutivos. É fácil prever que a aposta do MPD seria na criação de um ambiente propício ao desenvolvimento e dinamismo da iniciativa privada através de, principalmente, alterações estruturais do sistema de justiça e na criação das condições para uma diminuição dos impostos, no empreendedorismo de base tecnológico dos jovens e inovação, etc, etc. Ou seja, a mesma ladainha que todos os partidos e todos os políticos debitam para o consumo político. O nosso problema é que essas “apostas” não tem saído do papel e dos discursos político-partidárias; o problema da nossa economia é que, enquanto não alcançarmos as mudanças estruturais pretendidas por todos, que leva décadas a surtir efeitos, o melhor que os partidos têm para nos oferecer são as respectivas capacidades de gestão da coisa pública. Por isso, após a passagem do país para PDM, a principal preocupação tem sido com a diminuição das ajudas externas. O nosso Estado não é regulador mas é gestor: gere a pobreza, gere às ajudas externas e gere os impostos. E o que os dois principais partidos nos tem dito para chegar ao governo é que “eu sou melhor gestor”. No fundo, o principal problema da nossa economia, é o modelo de capitalismo que temos.
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