quarta-feira, 31 de março de 2010

JMN e os Thugs

A maioria achou piada e poucos apoiaram a iniciativa de José Maria Neves em se encontrar com os denominados "thugs" da cidade da Praia.O 1º ministro,no exercício do seu cargo,encontra-se um pouco com todos os cabo-verdianos: com pessoas do interior de cada ilha,com os jovens da capital para discutirem sobre a criação de emprego,com uma comunidade onde é inaugurado uma chafariz ou onde é inaugurado a electrificação da zona,encontra-se com os artistas e Homens da cultura,encontra-se com os estudantes e com a comunidade académica,com imigrantes,etc,etc.Por mim,qualquer 1º ministro do meu país pode ter encontro com qualquer grupo ou pessoas do país.Contudo,acredito que discutir isto tudo é acessório.A não ser,claro,se estamos convictos de que a intenção do 1º ministro era negociar institucionalmente ou "arrancar" um pacto de regime aos jovens "thugs"A mim,como praiense,não me aquece nem arrefece se o nosso 1º Ministro encontra-se com os "thugs" da minha cidade.Mesmo porque creio,como o Redy,que desse encontro não vai sair nenhuma solução para o problema;o importante é sempre as soluções para o problemas.Mais do que isto até: que o problema seja resolvido.Por isso,o que me interessa é saber as políticas para o problema social concreto,a sua implementação e,posteriormente,os resultados que atingiram.Sendo um fenómeno complexo,não acredito que basta uma reformulação das políticas criminais para a sua resolução.Conjuntamente com as políticas criminais,são necessárias politicas da juventude,políticas sociais,políticas de educação e politicas de emprego.Todas essas políticas num pacote único e dirigidas à um público alvo concreto.Porque a essência de todo este problema não é tanto as desigualdades sociais mas sim a "fraqueza" e inoperância das nossas «instituições sociais»,as comunidades locais,a escola e as famílias também devem ser chamados a dar o seu contributo.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Preconceitos..

Diz o João Branco que achou piada ao meu comentário sobre a entrevista da ministra da cultura de Portugal e refere-se a mim como um blogueiro.Bem, o João Branco,na qualidade de ex-crítico de Manuel Veiga,de "critico periódico" da política cultural deste governo,não consegue resolver os seus "fantasmas".Diz ele que,"se aparecesse alguém a dizer as mesmas barbaridades sobre escolas, tribunais ou hospitais, aí sim, teríamos o que discutir. Ou de como a cultura continua sendo visto como bem de terceira e quarta necessidade, onde menos Estado significa melhor Estado.Será? Embora lá privatizar o Ministério da Cultura?"
Mas que barbaridades viu o JB?Quem falou na privatização do sector cultural? Para quem se posiciona como um “especialista na políticas culturais” parece ter uma visão no mínimo estreita do que deve ser uma política cultural: "é só distribuir subsídios não a toda mas para alguma clientela". O preconceito do JB em relação ao “mercado” faz-lhe pensar que a existência de um mercado é sinónimo de privatização! O que ele não deve saber é que o “mercado” existe em qualquer sector desde que o homem é homem. A comparação que faz com hospitais e escolas não tem cabimento: em Cabo-Verde existe escolas privadas e clínicas privadas e isto não implicou o fim do sector público nesses sectores. Bem ou mal, pouco a pouco vai sendo criado um mercado de educação ou um mercado de saúde, com a participação do sector público e do sector privado lado à lado. Consegue vingar quem for melhor e tiver mais qualidade. Não se pode falar nem pode existir uma economia da cultura sem um mercado cultural (entenda-se, o “jogo” da oferta e da procura). Uma das principais ideias que a ministra da cultura portuguesa defendeu, ideia com a qual concordo, é que se deve apoiar mais os sectores culturais que não funcionam numa lógica do mercado e menos aqueles sectores onde o mercado funciona. Por exemplo: perante o actual estádio de desenvolvimento da nossa indústria cultural, qual o sector que deve ter mais apoio do ministério, o sector da música ou o do cinema cabo-verdiano (tendo em vista o seu desenvolvimento)? O objectivo é claro: maior racionalidade na gestão dos fundos e bens culturais. Distribuir mais para poucos ou mais para os sectores mais necessitados e menos para aqueles que precisam de menos (menos para aqueles que podem ir buscar ao mercado os fundos que precisam). E isto, não tem rigorosamente nada a ver com privatização. São apenas critérios para uma gestão rigorosa dos bens públicos. Ó diabos, porquê tanto medo do mercado?

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sondagens político on-line

Recebi,ao todo,4 email´s solicitando a minha participação numa sondagem pré-eleitoral que está a decorrer na página da Forcv.Esse esse tipo de sondagem não tem nenhuma relevância política ou significado científico.É certo que hoje em dia os partidos e os políticos têm de estar obrigatoriamente na rede (principalmente nas redes sociais) de modo a aumentar a sua visibilidade e transmitir as suas ideias.Mas daí pensar que o resultado de uma sondagem feita num site da internet é ou pode ser importante para a estratégia política de um partido ou de um candidato a um cargo político é muito discutível.Quantas pessoas vão votar no site?Quem serão esses votantes?Esses tipos de sondagens,e as páginas da internet que as promovem,ainda não conseguiram resolver o problema da representatividade dos eleitores.Basta analisarmos o perfil do eleitor cabo-verdiano para concluirmos que apenas uma parte quase insignificante dos eleitores podem participar nestas sondagens.Ou seja,há um problema da representatividade amostral que retira qualquer rigor cientifico aos resultados.Nem as tecnologias para evitar votos múltiplos permitem resolver esse problema.Sendo assim,porquê os partidos se preocupam com essas iniciativas?Um dos motivos é que os partidos,por natureza,fazem de tudo para ter controlo sobre a percepção social da sua imagem.Num país como Cabo Verde,por enquanto,organizar sondagens on-line não passará de exercícios de "curiosidade sensacionalista".

quarta-feira, 24 de março de 2010

"O Ministério da Cultura tem que ter a coragem de diminuir o número de apoios e apostar na qualidade"

«O estudo diz “os projectos a incentivar devem ser encarados numa perspectiva de rendibilização económica alargada e de sustentabilidade”. Muita gente lerá isto como estarmos a privilegiar os números, em detrimento dos conteúdos.
Este estudo aponta para as várias formas de expressão artística que se tornaram também afirmações de economia de mercado. Devemos olhar para essa forma de economia e tirar dela leituras de que precisamos para transformar o outro sector mais nuclear em actividade que contribua também para a riqueza do país. Mas há o receio de que isso faça desaparecer as coisas mais experimentais, que não têm necessariamente esse lado económico. Esse estudo não significa que, pelo facto de vasto sector resultar em PIB, o ministério deve investir mais. É uma prova de que o mercado funciona. O estudo é fundamental para analisarmos onde é que ele não funciona para podermos canalizar para aí os nossos apoios. Queria contrariar um bocadinho a ideia de que, já que é um sector que produz imensa riqueza, o MC deve ter um grande orçamento. Não é esse o caminho. Já há um mercado que reage positivamente às actividades do sector cultural e isso permite-nos fazer uma radiografia de quais são os sectores que precisam que o ministério actue para reequilibrar eventuais desequilíbrios.


O que é que o MC deve fazer a nível da formação de públicos?
Não concordo que não haja públicos. Cada vez há mais. É muito comum encontrarmos salas esgotadas, nos grandes centros e fora deles. A programação de qualidade tem sempre público. A programação de vanguarda, que apela a audiências mais específicas, nunca tem grandes públicos em qualquer parte do mundo, não somos diferentes nisso. Acho é que o MC tem que ter a coragem de aplicar melhor as suas verbas. Tem havido alguma preocupação em satisfazer clientelas. Qualquer entidade nova tem acesso aos concursos, aos apoios às artes, até o cinema. É um espaço permanentemente aberto. E os fundos são o que são, têm estado a crescer mas não estão equiparados ao potencial de novos agentes que entram neste mercado. O MC tem que ter a coragem de subir a fasquia, diminuir o número de apoios e apostar na qualidade. Até hoje não houve ainda vontade de dar esse passo. Eu tenho muita vontade de reflectir sobre isso e eventualmente dar passos nesse sentido. Acho que é preferível apoiar mais e melhor menos intervenientes do que espalhar pouco por muitos, o que leva não a um crescimento sustentado na qualidade mas apenas a ter mais intervenientes no sistema.

Entrevista da ministra da cultura de Portugal ao jornal Público.

Comentário: ai de alguém que se atrever a defender ideias semelhantes em Cabo Verde;todos os "especialistas" em políticas culturais (ou todos os ex-críticos do ex-ministro de cultura de Cabo Verde,Manuel Veiga) vão-lhe cair em cima...

terça-feira, 16 de março de 2010

Democracia interna nos partidos

Como defendi no post anterior,as directas para escolher o candidato presidencial que um partido deve apoiar (quer no PAICV quer no MPD) é uma das formas de aplicar a democracia interna nos partidos e de legitimar uma posição de todo um partido e não apenas dos órgãos directivos.Outra ideia é dar possibilidade aos militantes dos partidos de participarem na escolha dos candidatos a deputados da Nação.Como tudo indica,os círculos uninominais não vão ser introduzidos tão cedo no nosso sistema eleitoral e,com isso,continuamos sem poder responsabilizar individualmente aqueles que são supostos nos representarem porque votamos nos partidos e não em deputados.Os partidos deveriam organizar uma votação prévia,aberta aos militantes,na altura da elaboração da lista de deputados.A ideia é ser o militante a escolher quem quer ver como seu representante na assembleia nacional.

segunda-feira, 15 de março de 2010

O PAICV e os seus pré-candidatos

O presidente do PAICV tem um problema bicudo para resolver: escolher um candidato presidencial que o partido vai apoiar.Aristides Lima, Manuel Inocêncio ou David H. Almada? Todos os 3 são pré-candidatos, estão activos no terreno e não demonstram vontade ou intenção de desistirem da candidatura. Desavenças, sentimentos de traição, divisões e muito jogos de bastidores serão a imagem do partido nos próximos tempos. O pior cenário será o presidente, a comissão política ou a comissão permanente decidir hierarquicamente qual o candidato a ser apoiado pelo partido (porque responsabilizava apenas a direcção quando essa responsabilidade deve ser de todos os militantes ou porque não evitaria a imagem de que o apoiado foi um “amigo” do presidente do partido). A melhor opção para o presidente do partido, o caminho mais correcto aliás, é dar voz aos militantes do partido de modo a serem eles a decidir o candidato que deve ser apoiado pelo partido: é através das primárias, numa votação interna no país e no estrangeiro, que o partido deve escolher o candidato a apoiar e não apenas com base em jogos de bastidores entre sensibilidades internas e sondagens de popularidade dos disponíveis. Deste modo a responsabilidade da escolha do candidato apoiado não ficaria nas mãos de apenas alguns, incrementava a democracia interna e a participação dos militantes de base nas tomadas de decisão e blindava qualquer tentativa de culpabilização do presidente do partido por parte de qualquer um dos candidatos que não foi apoiado.Assim,aquele que conseguir o apoio do partido será escolhido pelos militantes e não apenas pelos dirigentes do partido.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Seremos todos conservacionistas?

"Na conferência que proferiu na semana passada em Aveiro, o professor Fernando Vallespin, da Universidade Autónoma de Madrid, defendeu que a grande mutação ideológica a que assistimos hoje, depois da crise, ou das várias crises, dos últimos dois anos vai no sentido de nos tornar a todos "conservacionistas". Ou seja, todos os quadrantes ideológicos, de esquerda ou de direita, tenderão a partir de agora a insistir na preservação do que foi adquirido e já não na transformação do existente. Contra a ideologia do futuro melhor e de uma prosperidade sem fim, passará a predominar a defesa do existente: dos níveis de vida já alcançados, do emprego, da segurança, do estado social, dos equilíbrios ambientais.(...).Ou seja, generaliza--se hoje a percepção de que o máximo que podemos conseguir é manter intocado o nosso modo de vida e que não existe já a possibilidade de o melhorar significativamente.(...).Aquilo que as pessoas esperam, com realismo, é apenas não perder demasiados direitos. O que os portugueses querem ouvir dos políticos é uma garantia consistente de que não vão viver pior no futuro - um discurso de apaziguamento, de conservação.(...).No entanto, é necessário introduzir aqui um outro dado. Quando falamos de conservacionismo estamos a falar de Portugal e da Europa, não do mundo em geral. A ideia de mudança e de conquista do futuro já não mora aqui, mas está bem viva no Brasil, em Angola, na China e em vários outros países, sobretudo na Ásia. Não vivemos todos no mesmo momento histórico. Aquilo que nós gostaríamos de conservar é o que outros estão a lutar, com entusiasmo, por alcançar."
João Cardoso Rosas no Ionline

Violentamente Pacífico - RAS Mc Léo Carlos

terça-feira, 9 de março de 2010

Ainda sobre as mulheres...

...todos nós falamos e escrevemos sobretudo da violência doméstica e da participação das mulheres na política.É raro falarmos sobre a igualdade de género no trabalho em Cabo Verde (principalmente sobre a igualdade salarial) e mais raro ainda é escrevermos sobre o assédio sexual no local de trabalho em Cabo Verde;este é tema apenas para o diz-que-disse,apesar de sabermos todos que é uma prática quase "natural" no país e das mais humilhante para as mulheres cabo-verdianas.

sábado, 6 de março de 2010

Origem da Filosofia

"A história é repleta de mentiras bem contadas. Tão bem contadas que soam como verdades inquestionáveis. É o caso da filosofia, que muitos acreditam ter nascido na Grécia. Claro, a Grécia fica na Europa e o que de bom poderia vir de outra parte do mundo antes do descobrimento da América?(...).Só quem ignora a sabedoria da literatura oriental, dos vedas aos textos bíblicos, pode acreditar que a filosofia é filha dos gregos. Como se a lógica e a ética, a matemática e a epistemologia, já não deitassem raízes no pensamento e nos escritos de sábios chineses e indianos, sumérios e egípcios. Se o Oriente fosse tão pouco lógico como tenta impingir-nos a arrogância eurocêntrica, os chineses não teriam inventado a bússola e o timão, o cultivo em fileiras e o alto-forno, a pólvora e o estribo, o mastro múltiplo e o carrinho de mão, o papel e a imprensa (centenas de anos antes de Gutenberg). A filosofia, como busca do conhecimento pela via racional, é tão antiga como o ser humano. Embora tenha alcançado seu esplendor na Grécia, isso não significa que os povos antigos a ignorassem. Nem a ciência, nem a técnica são frutos exclusivos do solo europeu. Os maias, na América Central, detinham conhecimentos científicos, como em matemática e meteorologia, tão precisos como os que são, hoje, comprovados por sofisticados instrumentos."
Frei Bento

terça-feira, 2 de março de 2010

Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010

Inovação- Curitiba sedia Conferência Internacional de Cidades Inovadoras
Entre os dias 10 e 13 de março, Curitiba receberá mais de 80 especialistas de todo o mundo que irão debater caminhos para a construção de realidades urbanas mais inovadoras, prósperas e humanizadas. Uma iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CICI2010) trará experiências de sucesso em planejamento urbano, sustentabilidade, mobilidade, gestão e políticas públicas, entre outras, que transformaram cidades em ambientes propícios ao desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Entre os nomes de peso que participarão da conferência estão Steve Johnson (EUA), autor de seis best-sellers que influenciaram desde ações de planejamento urbano até a luta contra o terrorismo; Pierre Lévy (Canadá), filósofo que estuda o conceito de inteligência colet iva; Marc Giget (França), diretor-fundador do Instituto Europeu de Estratégias Criativas e Inovação; Jaime Lerner (Brasil), arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba; Jeff Olson (EUA), arquiteto e urbanista envolvido em projetos que contemplam espaços verdes e meios de transporte alternativos; Marc Weiss (EUA), presidente do Global Urban Development e líder do projeto Climate Prosperity; Clay Shirk (EUA), professor de Efeitos Econômicos e Sociais das Tecnologias da Internet e de New Media na New York University; e o arquiteto Mitsuru Senda (Japão). A lista completa e o currículo dos palestrantes estão no site www.cici2010.org.br.

O SECTOR CULTURAL E CRIATIVO...EM PORTUGAL

«O "sector cultural e criativo" foi responsável, em 2006, por 2,8 de toda a riqueza criada em Portugal e, nesse mesmo ano, empregou 127 mil pessoas, cerca de 2,6 por cento do total nacional.
O documento, intitulado O Sector Cultural e Criativo em Portugal, parece dar razão aos que vêm sublinhando que, mesmo do ponto de vista económico, faz sentido investir na cultura, argumento que tem sido muitas vezes invocado para defender o reforço orçamental da respectiva tutela. Não parece ser necessariamente essa, no entanto, a conclusão que Gabriela Canavilhas retira do documento. A ministra da Cultura, que ontem apresentou em Lisboa os resultados deste estudo, afirmou que ele mostra que o sector cultural "tem possibilidades de ser um motor económico", mas viu nele também a confirmação de que é necessário "encontrar caminhos que nos reorientem para outras estratégias que não a subsídio-dependência ou a constante dependência do Orçamento do Estado".Nas suas conclusões, o estudo sugere que "não se deve privilegiar a oferta", mas antes "incentivar a captação e educação de públicos", e deixa um recado aos criadores, propondo-lhes que se habituem "a racionalizar meios e a congregar esforços"».Um pequeno sumário do estudo pode ser encontrado aqui.
Este tipo de estudos tem algumas vantagens,entre eles a de balizar as áreas de intervenção do Estado através do orçamento e,principalmente,permite fundamentar ou desmentir as trivialidades de alguns especialistas em "politicas culturais".
Como não faço ideia se aquele famoso fórum sobre a "economia da cultura" resultou em algum relatório,estudo ou recomendações,fica a pergunta: para quando um estudo sobre o impacto económico da cultura em Cabo Verde?

segunda-feira, 1 de março de 2010

Competitividade pela inovação

O discurso genérico sobre a competitividade ou a inovação,em si mesmos,não nos dizem nada sobre a realidade social de um país,uma região ou uma empresa.Há várias competitividades e várias inovações.Se um país detém uma massa crítica importante de empresas na primeira linha de inovação tecnológica,é porque tem um forte desenvolvimento científico e uma enorme capacidade de criar e dominar mercados,sobretudo de países que vivem de importação e imitação de tecnologia.Duas outras consequências fortes decorrem do modelo de desenvolvimento baseado no conhecimento: a ciência constitui um novo factor produtivo,a par do capital e do trabalho e as consequências necessárias para sustentar este modelo são completamente diferentes,mas baseados no "trabalho intelectual" e mais exigentes com a formação escolar de base.Vários autores defendem que é possível modernizar os sectores tradicionais pela inovação,com base nos saberes acumulados localmente,o que pressupõe a recomposição da base empresarial ou uma formação adequada para compreender a "Nova Economia" (razão pela qual a ADEI deve ser criar um programa de formação para empresários cujo perfil não se associa ao novo padrão de competitividade).