quarta-feira, 19 de maio de 2010

Desemprego

Apesar da má opção do INE em incluir duas opções metodológicas no último estudo sobre o desemprego,concordo que a nova metodologia é tecnicamente a mais correcta uma vez que não faz sentido contabilizar os estudantes como desempregados.Como era esperado,o MPD vem contestar os novos dados e o próprio INE e com razão.Mesmo sem poder quantificar em termos comparativos em relação ao ano 2008 a partir da nova metodologia,o desemprego aumentou;só não sabem em quanto.Contudo,em qualquer parte do mundo 13.1% de nível de desemprego é uma taxa elevada.A meu ver,mais do que discutir os números e as percentagens,os partidos deviam estar a debater as políticas de emprego,o seu impacto,eficácia e resultados.Todos estamos carecas de dizer,de ouvir e de saber que o problema de desemprego em CV é de natureza estrutural e que as escolhas devem ser na aposta em políticas activas de emprego,na mudança da estrutura económica do país,na formação profissional,na flexibilização da lei laboral e no empreendedorismo e auto-emprego.Assim como os problemas estruturais demoram a serem resolvidos,as soluções de carácter estruturais também demoram a surtir efeitos.É por isso que qualquer partido ou qualquer político que fizer promessas de reduzir o desemprego durante um eventual mandato governamental só pode estar,no mínimo,a ceder ao imediatismo político.Resignar-se é o caminho?Não!Uma solução radical seria apostar nas ideias daqueles que defendem a partilha do emprego.Num futuro próximo vamos começar a por a hipóteses da exclusividade total na função pública:um funcionário público não pode acumular emprego nem na função pública e nem no privada.Deve dedicar-se em exclusividade à função pública libertando empregos no sector privado para outros.

1 comentário:

Amílcar Tavares disse...

Concordo contigo. A nova metodologia é melhor e 13,1% é muito. Há economias ocidentais com números semelhantes e, nalguns casos, muito maiores e a preocupação é enorme. Gostaria muito de saber como é que o governo, e a oposição, vão fazê-lo descer mas... eles não falam!