quarta-feira, 31 de março de 2010

JMN e os Thugs

A maioria achou piada e poucos apoiaram a iniciativa de José Maria Neves em se encontrar com os denominados "thugs" da cidade da Praia.O 1º ministro,no exercício do seu cargo,encontra-se um pouco com todos os cabo-verdianos: com pessoas do interior de cada ilha,com os jovens da capital para discutirem sobre a criação de emprego,com uma comunidade onde é inaugurado uma chafariz ou onde é inaugurado a electrificação da zona,encontra-se com os artistas e Homens da cultura,encontra-se com os estudantes e com a comunidade académica,com imigrantes,etc,etc.Por mim,qualquer 1º ministro do meu país pode ter encontro com qualquer grupo ou pessoas do país.Contudo,acredito que discutir isto tudo é acessório.A não ser,claro,se estamos convictos de que a intenção do 1º ministro era negociar institucionalmente ou "arrancar" um pacto de regime aos jovens "thugs"A mim,como praiense,não me aquece nem arrefece se o nosso 1º Ministro encontra-se com os "thugs" da minha cidade.Mesmo porque creio,como o Redy,que desse encontro não vai sair nenhuma solução para o problema;o importante é sempre as soluções para o problemas.Mais do que isto até: que o problema seja resolvido.Por isso,o que me interessa é saber as políticas para o problema social concreto,a sua implementação e,posteriormente,os resultados que atingiram.Sendo um fenómeno complexo,não acredito que basta uma reformulação das políticas criminais para a sua resolução.Conjuntamente com as políticas criminais,são necessárias politicas da juventude,políticas sociais,políticas de educação e politicas de emprego.Todas essas políticas num pacote único e dirigidas à um público alvo concreto.Porque a essência de todo este problema não é tanto as desigualdades sociais mas sim a "fraqueza" e inoperância das nossas «instituições sociais»,as comunidades locais,a escola e as famílias também devem ser chamados a dar o seu contributo.

9 comentários:

Anónimo disse...

Oh Edy o problema nao é o pm falar com os thugs; a questao é que estamos num estado de direito com leis com regras. E num estado de direito uma instituiçao ano se encontra com bandidos.

Em caso de guerra sim e se o estado de direito estiver em perigo. Que eu saiba ainda esse bando de criminosos ou delinquentes ainda nao puseram o esatdo de rastos.

Mas fazendo ainda um esforço, o primeiro ministro mesmo que quisesse encontra imprensa para dzer que vai negociar com bandidos e repara, no palacio do governo.

AL bINDA

Anónimo disse...

Coreccçao do ultimo paragrafo.

Dizia que o primeiro minsitro mesmo que quisesse avistar-se com os thugs, ja que ele tanto isto, poderia faze-lo por intermédio de um mediador ou de um conselheiro; ou mesmo às escondidas, mas nunca viria clamar isto sobre todos os tectos convocanddo a imprensa e a televisao.

Al Binda

Anónimo disse...

Desculpa la edy mas este tema tem o seu lugar; talvez seja a excepçao que confirma a ignorância dos jovens mas isto tem a ver com jovens, thugs e portugueses:

Desculpem la mais esta incursao e sobretudo por trazer um documento em francês. Mas é que isto tem a ver ainda com a nossa juventude atrevida, ignorante e inculta e é um fenomeno mundial.

Isto para vos fazer partilhar uma sodnagem sobre os jovens europeus cada vez mais intolerantes, incultos, egoistas e interesseiros pois querem viver eternamente às custas dos pais que nao respeitam. Cada vez mais os jovens respeitam menos os mais velhos e vem-me ao espirito essa jovem portuguesa de 25 anos recebida em CVerde como doutora e que anda a debater atrevidamente coisas que têm a ver com a nossa identidade no jornal a Semana. Mas leiam este retrato do jovem europeu:

Selon un sondage réalisé par l'Observatoire de la jeunesse solidaire sur la perception que l'on a des jeunes aujourd'hui et sur leur autonomie, 49% des Français ont une image d'eux très négative. Autrement dit, presque une personne sur deux. Un pessimisme persistant puisqu'une enquête sur leur engagement dans la vie publique en 2009 avait déjà révélé un jugement très sévère de la population: 51% avaient alors une forte défiance à leur égard.

Dans cette nouvelle étude, la société apparaît non seulement encore fâchée avec sa jeunesse, qu'elle estime «individualiste» et «peu tolérante», mais aussi très dépendante des ressources parentales. Peu enclins à se prendre en main, selon 62% des Français, les 15-25 ans passent pour inactifs et irresponsables dans leurs comportements, pour 56%, et se distinguent à leurs yeux par un cruel manque de lucidité qui fait reculer leur autonomisation et leur insertion dans la société.

«Ils sont exaspérants d'indolence, d'inactivité, de manque de motivation et de curiosité, déplore Benoît Dussert, père de deux adolescents et d'un jeune adulte. À leur âge, je me bougeais un peu plus que ça pour construire mon avenir!» Pour cet expert-comptable, autrefois bon élève, sportif et engagé bénévole, «tous les éperons» extraits du génie paternel pour les aiguillonner n'ont pas suffi à «déclencher une prise de conscience...

Ps a continuaçao vem no jornal LE FIGARO para aqueles que querem inteirar-se mais do assunto.

Isto faz-me lembrar os sucessivos debates que tenho tido com os jovens da tertuliacrioula, eles também crioulos a viver em Portugal e que nao passam de um bando de atrevidos, ignorantes e egoistas, que ainda nao completaram os estudos mas ja andam a fazer politica de maneira descarada e a favor do PAIGCV tendo como um dos cabecilhas o filho do proprio primeiro ministro esse que quer reunir no Palacio um bando de thugs......

ps os itneressados podem ler a cocnlusao no le figaro.fr

Al BINDA

Edy disse...

Al Binda,
confesso que não faço ideia se o tal encontro foi no palácio do governo ou não (na tv deu o 1º ministro nas ruas de arredores da Praia).Devo dizer-te também que a mim esse encontro não me escandalizou porque o que me importa é resolução do problema que não vai desaparecer porque JMN encontrou-se com esses jovens.
Sobre os jovens franceses,principalmente os descendentes de imigrantes em França,gosto de ler os estudos de François Dubet sobre o tema...
Por fim,digo-te que em CV,como em Portugal,muitos jovens "acordaram" para a «política profissional»;se isto é bom ou mau,já é uma outra história!
Abrasu

Anónimo disse...

Nao, Edy o encontro no palacio ainda nao aconteceu. Foi anunciado. Nada de confundir o encontrinho nas ruas duma aldeia da Praia com o ja famoso encontro que està por vir!...

Instituiçoes, Edy, nao te diz nada?!!! Até porque dizes que o encontro nao vai servir de nada, o que é também o meu ponto de vista. Os verdadeiros thugs, os boss nao irao ao encontro e continuarao a reinar nas ruas de arma em punho...

Al Binda

Anónimo disse...

isto vem do blog kabuverdianu

Olha por exemplo acabo de encontrar mais uma dessas pérolas que nos catalogam. As pessoas sao tao parvas que pensam que estao a dizer algo de especial de gentil. Lê esta frase paternalista, ignara, que é um chavao estereotipado do branco em relaçao a povos outros sobretudo negros, asiaticos, ou indigenas latino-americanos como dizem:
"A comunidade cabo-verdiana a residir em Portugal terá, assim, a oportunidade de, mais uma vez, rever o seu país, desta feita num programa que acentua a simplicidade de um povo humilde que acredita e batalha por um caminho próprio."

Percebeste? Entao vamos à desmotnagem sobretudo a partir desta feita.... simpliciade de um povo humilde....

Meu caro isto é o paternalismo racista do branco a falar do povo simples e humilde, quer dizer coitadinho, pobrezinho, que precisa de ser dado a mao, que necessita da ajuda do povo branco, que evidentemente na simetria é forte, complexo,inteligente etc e tal.

O problema é que a nossa gente interioriza esses elementos racistas e depois passam a repeti-los como papagaios. O branco é forte, reflexivo, intelignete, enquanto o preto é fraco, humilde, temperamental, instintivo..

Mas tu achas que o povo francês ou americano vai aceitar que o povo crioulo lhes descrevam como sendo um povo simples e humilde? Tu achas que o povo português vai aceitar essa descriçao de coitadinho?

Entao porque é que temos de aceitar esses estereotipos racistas?!...

Al Binda

Anónimo disse...

A frase que citaste é de uma caboverdeana,jornalista da tv nacional;foi a Margarida Fontes que escreveu essa frase e não um branco qualquer.Será que ela também é racista ou interiorizou os tiques do homem branco?

Anónimo disse...

Oh Anonimo, tu sabes ler pa, caramba! Eu resguardei-me pois nao sabia quem escreveu a frase, mas como conheço também a minha gente, e porque duvidava que poderia ter sido um dos nossos, entao escrevi no terceiro paragrafo a contar do fim o seguinte:

"O problema é que a nossa gente interioriza esses elementos racistas e depois passam a repeti-los como papagaios".

Como vês respondi antecipadamente à tua questao. Sim temos "na nossa gente elementos que interiorizam essas palermices e depois repetem como "papagaios".

Como vês nao me apanhas distraido. Mas digo-te mais: é ignorância e incultura da nossa gente que repete o que o branco, porque se menospreza e pensa que tudo o que o branco é palabra de Deus.

Eu nao, nao acredito nem na palavra de deus; tenho de ir confirmar. A palavra do branco, ou palavra do negro, para mim nao sao verdades aboslutas. Tudo tem de passar pelo crivo da mente.

Sim, temos muitos lacaios!

Ps Ainda ontem um meu colega branco dizia-me assim:"porra.. tu nao te assumes como caboverdiano, (como sinonimo de negro); tu pensas ser um europeu (sinonimo de branco).

Isto porque eu estava a desmontar-lhe uma tese antropologica pela enésima vez e com argumentos fortes e plausiveis que ele nao pôde rebater; entao para ele eu tinha um comportamento de branco; para ele so o branco tem argumentos; como é evidente, dei-lhe logo na cabeça, dizendo-lhe que ele estava redondamente enganado, porque eu tinha orgulho e vaidade em sentir-me crioulo, tanto mais que sabia mais do que ele; o que para ele era uma afronta, pois um negro nao pode estar sempre a achincalhar um branco. Razao pela qual ele arranjava-me aquela saida de europeu, de branco, o que lhe permitiria aceitar o achincalhamento, pois era um "europeu" a desautorizar outro europeu. Tal foi a sua desilusao quando eu lhe nao, nao, eu sou crioulo e sei mais do que tu.
Percebes?!
Al Binda

Anónimo disse...

Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.

- Daniel