quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cabo Verde precisa: Mais Liberdade Económica.

Se queremos criar empregos e se queremos melhorar a vida de muitos jovens desempregados, então temos de investir em sectores produtivos. Não há maneira de reduzir o desemprego, de melhorar as condições de vida e também de reduzir a dívida, sem produzir mais. O Estado já não pode endividar-se mais. Têm que ser empresas e elas têm que ter condições. E são também os “empreendedores nascentes” com a suas novas empresas. Não basta criar incentivos fiscais para aumentar o número de novos empresas; há que acabar com todas as restrições regulamentares que limitam administrativamente a  entrada de novos players no mercado. Um exemplo: as câmaras municipais têm de autorizar ou conceder licenças a todos que queiram abrir uma mercearia, um bar ou ter um táxi mesmo quando já existem mercearias e bares em excesso numa zona ou mais táxis que cliente numa praça. Controlar quem e quantos novos operadores entram num mercado apenas serve para proteger aqueles que já estão estabelecidos nesse mercado, independentemente de terem ou não qualidade na prestação do serviço. Nada justifica que seja o Estado a dizer quem e quantos devem entrar num dado mercado. Não cabe ao Estado regulador controlar a quantidade de operadores num mercado mas sim, e é esta a sua principal função, controlar e regular que os operadores “jogam” conforme as regras do jogo. Regular o jogo não é regular a quantidade de números de jogadores: é controlar a “qualidade do jogo”, é garantir que o jogo é jogado "dentro do campo" das leis. Mais liberdade económica para que qualquer pessoa, em qualquer momento e ilha, abra a sua empresa em qualquer sector económico. Com a “empresa na hora”, só falta baixar ou eliminar legalmente a exigência da quantia mínima do capital social para abrir uma empresa (não sei se isto já foi feito ou se ainda está para ser implementado). Este seria um bom começo para a resolução dos principais problemas do país.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Listas Partidárias

Parece que o dois maiores partidos descobriram a pólvora para a tão exigida renovação partidária.Não é a renovação através da aderência aos partidos de novos militantes e quadros mas sim através da "oferta" de lugares de deputados aos independentes/simpatizantes. Estamos a assistir a um simples troca de militantes por independentes/simpatizantes nas listas para as eleições legislativas. E simpatizantes que têm de preencher certas condições: quadro superior e ter até 35 anos.Convidar simpatizantes não é abertura partidária à sociedade civil.No máximo,esses independentes vão "refrescar" a bancada parlamentar dos respectivos partidos mas não vão renovar os partidos só pela sua presença na bancada (a não ser que este seja uma estratégia de recrutamento de quadros por parte dos partidos).Já agora,algum desses independentes nas listas dos dois partidos foi indicado por uma instituição da sociedade civil?Porque não foi solicitado à Pró-Praia ou ao Movimento Corda Monte Cara para indicarem nomes para fazerem parte das listas e ter,deste modo,representantes no parlamento?Isto sim seria abertura à sociedade civil!Mais do que eventuais mudanças no sistema político ou no sistema eleitoral,são os partidos que precisam de mudanças a nível organizacional e de gestão. Pessoalmente, enquanto não puder escolher o "meu deputado", as  listas e os nomes dos candidatos a deputados não me dizem nada.

ADEI Capital

A ADEI não deve se limitar a apoiar as empresas nos seus problemas de gestão ou a dar formação ao pequenos empresários. Também pode e deve ter um braço financeiro dentro da instituição para apoiar a criação e o arranque de pequenas e médias empresas e a inovação nas empresas já existentes, através do capital do risco. O “Novo Banco” vem, de certa forma, cumprir esse papel mas provavelmente só para alguns tipos de iniciativas empresariais. A ADEI deve preencher a “lacuna”, apoiar outros tipos de empresas porque a inovação também carece e necessita de investimentos. Não é nem de perto nem de longe uma questão de apoiar apenas os “winners” mas sim de segmentar o apoio financeiro às empresas. Uma ADEI Investimentos ou ADEI Capital, precisa-se…

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Norberto Tavares



Concerto na Feira Popular em 1991...ainda não tinha idade para ir sozinho mas assisti  a tudo através dos videoclipes antiga tvec...



Não sei qual é o maior ou o melhor "hino nacional",se este "nos kabu verdi di speransa" de Norberto Tavares ou se "porton di nos ilha" cantado pelos Tubarões...se calhar,são os dois "hinos nacionais"...de qualquer maneira,o autor de "nos kabu verdi di speransa" mereceu que eu e mais milhares de cabo-verdianos esperassem por ele durante 4 horas sentados na areia da gambôa da ultima vez que ele deu um grande concerto no pais (se não me engano foi em 95 ou 96...o último grupo no palco antes do Norberto Tavares terminou de cantar por volta das 3 horas da manhã;o Norberto começou perto das 7 horas com milhares de pessoas ainda a espera dele...). Se calhar,essa foi a melhor homenagem que se poderia fazer ao Norberto Tavares..

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ken Robinson- Revolucionar a Educaçao



* colocar legenda em português no "view subtitles"
Sir Ken Robinson: "A escola mata a criatividade porque está obcecada em colocar alunos na universidade.Faz tudo de forma padronizada,não tem um ambiente propício ao florescimento de talentos.Valoriza algumas disciplinas em detrimento de outras,como se ser o melhor a Matemática significasse ser mais inteligente do que o melhor a Dança"..."Porque é que as artes ficam sempre para último plano?A música,a representação,a dança,a pintura?Quem gosta de Música em vez de Matemática não tem as mesmas oportunidades.O sistema está obsoleto".

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Conversas em Dia- Os partidos políticos e as campanhas

Tenho de começar por dizer que,no essencial,o Redy tem alguma razão nas críticas que faz às intervenções dos convidados (e o Underdlôgas também,no comentário ao post do Redy).É que viu-se claramente que os convidados não eram especialistas e que,mais do que esclarecer alguma coisa,ficaram por lugares-comum.O Nardi, ao tentar fazer uma análise baseado no conceito de campo de Bourdieu,trazendo para o debate a relação entre campo cultural e o campo político,para além de "trocar" o campo artístico pelo campo cultural,deveria antes estabelecer a relação entre o campo mediático e o campo político (fenómeno mundial com impacto muito mais forte lá fora do que em CV).Analisar o comportamento dos partidos durante as campanhas eleitorais passa obrigatoriamente pela relação entre os partidos e os media (tv, jornais, publicidade, rádios, internet, redes sociais) e, isto, não foi feito nesse debate. A nossa televisão deveria começar a convidar especialistas ou profissionais da área,conforme o assunto,para os programas de debates e entrevistas: assim,para este último debate,deveriam participar,pelo menos, um politólogo (cientista política/sociologia política) e um especialista em marketing político/comunicação política ou em sondagem político.Ou mesmo uma prata da casa: a Margarida Fontes tem feito análises interessantes sobre a relação entre os partidos e a comunicação social em CV no seu blog.Por outro lado,alguns "intelectuais" deveriam ter alguma humildade para recusar "aparecer". Não deixa de ser paradoxal o Nardi ter defendido nesse debate que os "intelectuais em CV deveriam perder o medo de aparecer nos debates". É que «ser visto»,por si só,não é garantia de legitimidade cientifica;pelo contrário,aparecer em tudo o que seja debate leva a que se sejam confundidos  com os "fast thinkers",como Bourdieu os chamou.No fundo,o que temos assistido nesses debates e entrevistas na nossa TV é o que já aconteceu há mais tempos lá fora (como sempre,o fenómenos dos países desenvolvidos chegam a CV com algum atraso): o triunfo dos fast thinkers! 

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Deslocalizar a Burocracia

Essa ideia,que de quando em vez alguns políticos apresentam,de deslocalizar os ministérios para algumas ilhas conforme a vocação de cada um (Turismo para ilha do Sal,Mar para São Vicente ou Agricultura para Santo Antão) por si só não resolve nada e não altera em nada a situação das ilhas. Não se resolve a demora na aprovação de um projecto turístico na ilha do Sal levando o ministério para essa ilha. Não se dinamiza uma economia do mar levando o ministério deste sector para a ilha de São Vicente. O que é necessário e preciso é um grande programa de reforma administrativa do funcionamento do Estado: não é só suprimir institutos e departamentos para criar outros novos;o que é urgente é reformar o processo de tomada de decisão na função pública,descentralizar os centros de decisão. Se é verdade que a deslocalização de um ministério não muda nada,também é verdade que as pessoas,as empresas ou os empresários de outras ilhas não podem ficar uma eternidade a espera de decisões que são tomadas na cidade da Praia. Sem isso,não fazemos mais do que deslocalizar a burocracia.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resposta à provocação do Paulino Dias sobre o empreendedorismo

Através do Redy,cheguei ao post do Paulino sobre a necessidade de debatermos o empreendedorismo em CV.Ora bem,cá vai a minha reacção:
 1- é preciso salientar a imprecisão do que o Paulino chamou “empreendedorismo por vocação”. A vocação é um termo demasiado vaga e cientificamente complexo para ser utilizada aqui: uma pessoa pode abrir uma pequena loja de costura porque o mundo da moda é a sua vocação e outra pessoa também pode abrir um empresa de programação e software porque esse é a sua vocação. Assim temos 2 empresas, que o Paulino poderia considerar com perspectivas futuras diferentes em termos do seu impacto económico, mas as duas foram abertas por vocação dos seus fundadores. O mais correcto e acertado, como faz a GEM nos seus estudos comparativos a nível mundial que faz anualmente, é a separação entre o “empreendedorismo por necessidade” e “empreendedorismo por oportunidade”. Está divisão é tão só apenas um indicador analítico e serve para caracterizar a taxa de empreendedorismo de um país conforme a motivação na criação de empresa. Aliás, vários autores dividem e classificam o empreendedorismo consoante o objectivo dos respectivos estudos e conforme a sua disciplina: por motivação (necessidade vs. oportunidade), pelo tipo da organização (empreendedorismo e criação de empresas, empreendedorismo social e intra-empreendedorismo) e ainda pelo tipo de empresa criada (empreendedorismo de base tecnológica/revolucionário, empreendedorismo de proximidade/rotineiro). É preciso também dizer, para terminarmos a parte sobre terminologias, que não podemos confundir o “empreendedorismo por necessidade” com o auto-emprego: um cria vários empregos (que pode até ser 2 empregos) e o outro, como o próprio nome diz, cria apenas 1 emprego;


2- Dizer que as politicas de incentivo ao empreendedorismo deve ser distinta conforme seja “empreendedorismo por vocação” (que vou passar a assumir como sendo empreendedorismo por oportunidade) ou "empreendedorismo por necessidade" parece-me um erro. É verdade que a maior parte das empresas que são criadas por necessidade não têm grande impacto na economia ou crescem pouco, mas isso não é devido a motivação inicial da criação da empresa em si e nem pelas características ou tipo de empresa criada. A ambição para fazer crescer a empresas depende da motivação e do papel do fundador/dirigente da empresa. Se aquela pessoa que abriu a pequena loja de costura tiver ambição para fazer crescer a sua loja, qualquer dia desses podemos vir a encontra-la com 5 lojas de costura, cada uma numa zona ou até lojas de roupa com marca própria em cada ilha. Com um bom serviço de consultadoria e apoio de gestão,é claro. Aliás temos um exemplo paradigmático disto: a rede dos supermercados “Calú & Ângela” começou por ser uma pequena loja de esquina, como muitos que existem por todo CV, até chegar ao que é hoje. E parece que tem planos de expandir para as outras ilhas. Portanto, dar mais “atenção” ao empreendedorismo por oportunidade em detrimento do empreendedorismo por necessidade é um erro; são precisamente estes últimos que merecem maior atenção por parte da ADEI no apoio na elaboração do plano de negócios e na implementação de práticas de gestão (geralmente, no empreendedorismo por oportunidade, que de facto tem maior impacto económico , os fundadores costumam ter mais experiência, maior e melhor acesso à redes sociais de relacionamento e maior capacidade de gestão e, por isso, na gestão corrente da empresa necessitam de menos apoio do que aqueles que abrem a empresa por necessidade). Por outro lado, muitas das empresas que nasceram por oportunidade acabam por não crescer muito por manifesta falta de ambição dos fundadores/gestores: nem sequer saem fora da Praia quanto mais pensar na sua  internacionalização. Enfim, com um bom apoio por parte de ADEI,com incentivos por parte do Estado,qualquer pequeno empreendedor pode ter ambição de "ir mais longe" do que inicialmente sonhou. Entendo a intenção do Paulino quando defende uma politica de empreendedorismo diferenciada para fomentar o empreendedorismo por necessidade ou oportunidade;mas acho que aqui já estamos fora de "políticas de empreendedorismo" e dentro de "politicas de crescimento" ou, se quisermos, "politicas de apoio às PME" (que não é bem a mesma coisa que políticas de empreendedorismo);


3- falando sobre as políticas de empreendedorismo, temos de decidir se queremos limitar-nos a apoiar àqueles que abrem a sua empresa ou se queremos ambicionar criar uma cultura empreendedora em CV, se queremos ou não que os miúdos e jovens de hoje vejam no empreendedorismo um percurso profissional como um outro qualquer e optem por esse caminho quando iniciarem a sua vida profissional. A meu ver, por enquanto, temos vindo a apostar apenas no apoio aos empreendedores: na gestão da empresa, na formação em gestão, na elaboração do plano de negócios, nos incentivos fiscais, etc. Presume-se que há um empreendedor interior em todos nós e que basta uma isenção fiscal para que alguns decidam abrir a sua empresa; ou seja,estamos sentando a espera que os empreendedores “nasçam” por obra e milagre da natureza. Isto é o que chamo de “politicas passivas de empreendedorismo”. Elas são úteis e necessárias e ainda bem que tem sido uma aposta do actual governo. Mas isso é insuficiente para criarmos uma sociedade empreendedora. É a diferença entre apoiar e incentivar. Temos também de olhar para aquilo que podemos chamar de “politicas activas do empreendedorismo”, incentivar a criação de uma cultura empreendedora na sociedade e incutir nos miúdos e nos jovens o espírito empreendedor. De resto, os responsáveis políticos não precisam se preocupar “nadica de nada” com a tolerância ao risco ou qualquer outro atributo psicológico  dos jovens para que estes sejam empreendedores. Nem precisamos de "formatar" a personalidade dos jovens. Precisamos é de ter incutir o espírito empreendedor nos jovens e isso consegue-se através da socialização. Espírito empreendedor nas pessoas e cultura empreendedora na sociedade!Daí a importância das políticas activas de empreendedorismo…

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sociedade Civil

São movimentos e acções como a proposto pelo antigo futebolista Eric Cantona é que fazem “mossa”. Muito mais do que manifestações ou passeatas. A minha convicção é que manifestações ou passeatas muito raramente conseguem efeitos consistentes no tempo e de quase nada servem. Como as marchas do “Corda Monte Cara”, de quase nada vai servir porque não são marchas e manifestações que vão trazer maior “atenção” para com a ilha. Temos de procurar ser mais consequentes. Fazer marcha na Praia por causa da situação da Electra? Qual nada!!! Quantos manifestações já se fez por causa da Electra e continua tudo na mesma? Vamos mais é criar um grande grupo, coeso e sério, e tentar com que a maioria dos clientes da cidade da Praia não paguem a factura 2 ou 3 meses seguidos. Sim, corremos o risco de ter a electricidade cortada. Mas se a Electra se deparar com um tal movimento, que tem potencial para causar forte impacto na tesouraria da empresa, haverá sempre uma probabilidade da empresa passar a respeitar o cliente. No fundo, é isto que todos queremos, que nos respeitam enquanto clientes. É preciso coragem, vontade, sentido prático e não protagonismo. Mais do que,de visibilidade das manifestações ou das bocas nos media! A mesma coisa vai para o movimento “Corda Monte Cara”: a quem é que vão “exigir” mais investimento e dinamismo económico, ao governo, à CMM ou aos empresários mindelenses? Seria muito mais prático, por ex, se esse movimento, em vez de marchas, criasse um grupo de trabalho para angariar recursos para adquirir e explorar o Éden Park com a ajuda e participação na gestão desses emigrantes que, atrás do seu computador, escrevem artigos e comentários reclamando a intervenção do governo. O país, as nossas cidades e localidades, precisa que de uma sociedade civil que actua sobre os problemas que vão surgindo e não de uma sociedade que se limita a manifestar e reclamar a intervenção do Estado por tudo mais algum coisa!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Conversas em Dia- Empreendedorismo em CV

O empresário Marcos Rodrigues, apesar de ter criticado a retórica política sobre o assunto, apresentou o típico discurso dos políticos: "que o empreendedorismo é apenas aquele inovador; que abrir uma loja ou engraxar sapatos não faz de ninguém um empreendedor". Logo a seguir entra em contradição quando diz que os emigrantes cabo-verdianos são empreendedores, incluindo, digo eu, aqueles que são apenas sub-empreiteiros, aqueles que vendem comida nas obras ou aqueles que têm pequenos restaurantes, lojas, bares ou firmas de limpezas. E apresentou a ideia completamente atrasado de que o empreendedor é "o homem solitário e extraordinário que corre atrás da realização pessoal". Para que conste: tudo isto é empreendedorismo. Apenas são empreendedorismo de diferentes tipo (uma leitura diversificada e actual serve para desfazer muitas ideias ultrapassadas).
O Nilson falou o que deve ser falado quando se discute o empreendedorismo em CV,quando se referiu ao papel das instituições (sociais) formais e informais. Mas, acto desculpável por não ser sociólogo,ao tentar salientar o papel das instituições informais no empreendedorismo, confunde tudo quando diz que o "caboverdiano tem "cariz empreendedor porque desde pequeno queremos ser médicos; aviadores". Ora é exactamente o contrário disso: não se vê os pais a incutir nos filhos o espírito empreendedor. Simplesmente, querem que os filhos estudem para poderem vir a ter um bom cargo no Estado.
De tudo o que foi dito, não disseram o mais óbvio: em Cabo-Verde ainda não temos uma política de empreendedorismo. Existem, por enquanto, apenas discursos e programas pouco ou nada integradas entre si. E, ao menos isso, políticas de apoio às PME´s.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

soberbo

Competitividade

Quando os dirigentes públicos e privados ou os políticos dizem que “cabo verde precisa de desenvolver e melhorar a sua competitividade", como disse o governador do bcv, isto é um reconhecimento público que o país é pouco competitivo. Mas, é mais do que isso ainda. Quando se diz, a nível corrente, que um país é pouco competitivo, basicamente significa que o país precisa baixar os impostos, flexibilizar a lei laboral e aumentar as exportações. Estes são apenas algumas variáveis que determinam a competitividade de um país. Muito raramente falam da competitividade empresarial, da qualidade de gestão das nossas empresas e da qualidade dos nossos recursos humanos. Um país não pode ser competitivo se não tiver um conjunto de empresas competitivas e gestores, no mínimo, ousados. Por isso, quando os políticos e dirigentes afirmam que o país precisa ser mais competitivo, no fundo, querem dizer que as nossas empresas não são nada competitivas. E preferem não chamar os nossos gestores e empresários "para a tropa". E a questão que fica é a seguinte:o que pode e deve fazer um governo para "melhorar" a competitividade das nossas empresas para além de mexer nos impostos e na lei de trabalho?