sábado, 14 de novembro de 2009

Combater a "cunha"

Quase todos os dias ouvimos reclamações de amigos e conhecidos sobre a "cunha" no recrutamento de quadros para a função pública.Que A entrou no Ministério do Trabalho porque o pai é do partido no poder,que B não conseguiu entrar como professor na Universidade de Cabo Verde por medo da concorrência da parte dos que lá já estão,que C não ficou na direcção de um organismo público e o D na direcção de uma empresa pública por serem militantes de partidos da oposição,etc etc.Existem ainda outras categorias de reclamações,também elas relacionadas com a gestão de recursos humanos na função pública:o "compadrio" na avaliação do desempenho e,consequentemente,na promoção profissional (a substituição da promoção por antiguidade pela promoção por mérito tem a inconveniência de aumentar as reclamações de favorecimento).Estas reclamações quase que já se tornaram num desporto nacional.Independentemente do partido que esteja no poder,quer seja o MPD quer seja o PAICV,vamos continuar a ouvir sempre as mesmas reclamações.Como é que se resolve isso?Como é que podemos aumentar a transparência.Todos apontam para a necessidade da despartidarização da função pública.Contudo,é preciso ir mais longe e agir na fase do recrutamento e na fase da avaliação do desempenho.Uma das formas é o recrutamento e a avaliação do desempenho serem efectuado por uma empresa privada de recursos humanos ou,em alternativa,criar uma secretaria/organismo com essa função.Assim,ao menos,saberemos quem beneficiou quem.

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