Há muita reclamação por aí por causa do director-geral da energia que está à cerca de 20 anos no cargo. Mais do que a preocupação de saber os resultados dos seus mandatos, é pouco recomendável que uma instituição tenha a mesma direcção durante duas décadas pela simples razão de que qualquer organização social precisa de renovação: na sua dinâmica,nos seus objectivos,no pessoal que traz sempre "sangue novo". Quer queiramos quer não, a motivação e a garra duma pessoa com 2 a 5 anos a frente de uma instituição não é a mesma duma pessoa com 15 a 20 anos a frente de outra ou da mesma instituição. Por outro lado, ao mesmo tempo que, a nível político, se fala muito no mérito e profissionalismo na função pública, na prática, as nomeações para cargos directivos tem se pautado, em grande parte, por critérios partidários. É preciso vontade política para impor e fazer cumprir algumas regras e procedimentos para as nomeações na administração pública,como por exemplo:
. limitar as nomeações por confiança política
. impor um limite de 2 mandatos nas direcções-gerais e institutos públicos
. criar uma comissão interministerial, nomeada pela Assembleia da República, para o recrutamento e selecção na função pública.
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