segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Linguagem e Desenvolvimento

"Poderá a língua moldar a forma de pensar de um povo?Lara Boroditsky,investigadora e professora de psicologia e neurociência da Universidade de Stanford,acredita que sim.No seu ensaio ´How Does Our Language Shape the Way We Think´,aquela académica demonstrou que as pessoas que falam línguas diferentes pensam diferentemente,afectando a forma como olham o mundo.Desde logo,porque,falando diferentes línguas,são obrigadas a atender a diferentes aspectos do mundo.Um exemplo: ao referirem-se à palavra e ao objecto `chave´,alemães e espanhóis utilizam adjectivos diferentes,isto porque,em alemão,a palavra `chave´ é masculina (dura,pesada,metal) e,em castelhano,é feminina (dourada,pequena,brilhante).Ou seja,o próprio género gramatical implica diferentes noções sobre,neste caso,objectos.Mas igualmente paradigmas como espaço,tempo,cores,noções de causalidade,percepção de substâncias,emoções,todos são formatados pela língua de cada povo".(António Lúcio Baptista,in expresso.pt)
Que interesse poderá este tema ter para Cabo-Verde?O que podemos ganhar com isso na questão do `criolo´?

1 comentário:

Et disse...

Ler sima nho kre: "(...) Não se pense que seja anti-crioulo. Acho muito bem e louvável que se estude o nosso crioulo e outros e se utilize o alfabeto ALUPEC, mas sem atrapalhar a aprendizagem e o uso da Língua Portuguesa, donde derivou o nosso crioulo. Penso que o alfabeto Alupec será excelente para a alfabetização de adultos; aplicado a crianças na primária já não me parece muito recomendável, por estar em crer que quem aprender a escrever através do Alupec, dificilmente escreverá bem o Português e outras línguas. (...)".

Isto é um exceroto do que escreveu um médico especializado em pediatria.