sábado, 10 de outubro de 2009

Onde está o Estado para ajudar a Joana?

Depois da licenciatura e o estágio profissional em Portugal,e após alguns "biscates" em Cabo Verde,a Joana conseguiu o 1º emprego declarado no departamento financeiro de uma empresa privada.Após ano e meio nessa empresa,foi gerir as finanças de um ONG durante quase um ano.Passou da ong para o departamento financeiro de uma empresa privado de capital estrangeiro,onde esteve durante 3 anos como contabilista.Acontece que esta última empresa faliu e a Joana foi para o desemprego,situação em está a quase ano e meio.Durante 4 anos e meio a descontar para as erário público e para a previdência social o Estado deixou a Joana à sua conta e à conta da família.Um Estado onde os trabalhadores fazem o desconto apenas para a reforma e para a saúde não é um Estado social moderno.É tempo do INPS "modernizar-se" e criar o subsídio de desemprego. Temos de modernizar o nosso Estado-Providência.O IEFP tem de dar mais atenção a angariação de emprego para os desempregados que têm de estar inscritos no instituto e,desta forma,passar a ter uma nova metodologia para contabilizar a taxa de desemprego no país (o que,por outro lado,vai permitir contabilizar com maior rigor o número de empregados que perderam o emprego).Dizem-me que Cabo Verde ainda não tem capacidade financeira para implementar o subsídio de desemprego.Pode ser,mas acredito que é possível ultrapassarmos essa dificuldade como país sempre foi capaz de ultrapassar as várias dificuldades ao longo dos tempos.À cerca de 3 anos atrás muitas pouca gente acreditava na possibilidade de um salário mínimo no país;hoje em dia quase todos já clamam por essa medida.Para quando a criação do subsídio de desemprego no país?Ou,pelo menos,que se introduza esse tema no debate público?

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