sexta-feira, 29 de julho de 2011

Debate Presidencial

Como na anterior,o último debate televisivo de nada serviu para quem ainda não tem o "seu" candidato.Acredito que,quem conseguiu escolher um claro vencedor,este que esteve melhor ou aquele que esteve menos bem,nada mais fez do que confirmar a escolha previamente efectuada.Não há nenhum critério objectivo para determinarmos o vencedor ou o vencido.É quem deu mais ou menos «gaffes»?É quem mostrou que domina,pelo menos,lições de Introdução ao Direito?É quem esteve mais ou menos nervoso?É quem é mais ou menos telegênico?Nada disto é rigoroso e só importam para confirmar ou infirmar as nossas expectativas e/ou percepções.A psicologia social (nomeadamente a teoria de atribuição social) explica isso:se a pessoa A tiver tido um comportamento de carácter positivo e o percipiente gostar de A,interpreta o seu comportamento em consonância com a imagem positiva;se,pelo contrário,A tiver tido um comportamento de carácter negativo e o percipiente não gostar de B,a sua apreciação será negativa.O conflito surge se A teve um comportamento negativo e o percipiente gosta dele ou se A teve um comportamento positivo e o percipiente não gosta dele.Nestes casos pode-se dar uma reavaliação de toda a configuração de estimulação por forma a torná-la semelhante às outras cognições.Ou seja,escolhemos como vencedor do debate àquele que já era o candidato que apoiamos ou aquele de quem gostamos.Do resto,o debate resumiu-se ao "sou assim ou assado","vou fazer isto ou aquilo",etc,etc.Talvez,no fundo,uma campanha para as presidenciais,num sistema político como o nosso,não pode passar disto:uma luta para "passar" a melhor impressão possível quanto a personalidade de um candidato!E,sendo assim,o eleitor escolhe aquele cuja personalidade gosta mais.

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