terça-feira, 12 de maio de 2009

A NOSI e o mercado

Muitas pessoas,principalmente aqueles que trabalham nas empresas privadas do ramo tecnológico,defendem que a NOSI é,no mínimo,uma "distorção" do mercado.Argumentam que uma estrutura como a Nosi é positiva se o obejectivo for unicamente a promoção e a execução de politicas para desenvolver a sociedade de informação e a governação electrónica mas,simultâneamente,ela "castra" o mercado quando desenvolve aplicações informáticas para o sector público,ainda que involuntariamente.Quando o Estado tem o peso que tem em Cabo Verde,é praticamente impossível que boa parte das empresas não o tenham como cliente, regular ou esporádico. Neste contexto,há uma grande possibilidade de estarmos perante casos de concorrência desleal quando o Estado solicita á Nosi o desenvolvimento de um software em detrimento de fazer essa solicitação "ao mercado".Qual será o ciclo de vida previsível para uma empresa privada em CV que não pode contar com o Estado como cliente?Alguma dessas empresas conseguem sobriviver anos?Para além disso,a Inovação,principalmente a inovação tecnológica,tem de ser desenvolvido na e pelas empresas privadas para poder ter um forte impacto económico no desenvolvimento do país.Não é a inovação no sector público que incrementa a competitividade do país e das empresas mas sim a inovação empresarial.Não estou a defender o fim ou o fecho da Nosi;pelo contrário,acho que ela é extremamente importante para o desenvolvimento da sociedade de informação no país.Talvez seja altura da Nosi "tranferir" algumas funções para o mercado de modo a que seja as empresas privadas do sector tecnológico,com o apoio da ADEI (Agência de Desenvolvimento Empresarial e Inovação),a desenvolver projectos de inovação tecnologica.

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