domingo, 27 de dezembro de 2009

Sem conteúdo e com péssimo marketing

O MPD não renovou os seus principais quadros desde a década 90: são básicamente os mesmo que,durante práticamente 20 anos,continuam a dar a cara pelo partido durante o poder e na oposição.Com o regresso de Carlos Veiga,outros da mesma época reapareceram: os mesmo que foram ministros e altos dirigentes do país na altura das "vacas gordas" (1991-1998) e na altura das "vacas magras" (1998-2001).Carlos Veiga e os dirigentes dos anos 90.É isto que o PAICV utiliza, compreensivelmente,no seu argumentário contra o MPD: "são os mesmos dirigentes políticos que deixaram o país quase na falência nos finais dos anos 90 que querem voltar ao poder";"enquanto eles não pagavam os salários dos professores e a bolsa dos estudantes no estrangeiro,enquanto o défice orçamental chegou quase aos 20% e as ajudas estrangeiras começaram a escassear devido à incapacidade do governo MPD para saldar as dividas externas,nós,o PAICV,quando chegamos ao poder resolvemos todos esses problemas".É esta a principal estratégia comunicativa do PAICV para fazer frente ao MPD e a Carlos Veiga.Este e os seus correlegionários são,simultâneamente,a força (para os militantes do MPD) e a fraqueza do partido (para o PAICV).Para piorar,a mensagem do MPD não tem passado porque pouco se diferencia do que tem sido feito,ou dito,pelo governo;ou seja,por enquanto ainda o MPD naõ mostrou ter um projecto para o país.O MPD precisa de uma estrutura para organizar estudos sobre vários sectores da governação para,deste modo,propor alternativas e ser uma verdadeira alternativa.Para que o cansaço do governo não seja a principal explicação da alternância no poder.E precisa também de mudar a sua estratégia de marketing.

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