quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Sobre a entrada do INPS na Electra

É importante salientar um facto: ao contrário dos impostos que todos pagam,o dinheiro que se desconta para o INPS não é "nosso".É inteiramente teu aquilo que descontas para o INPS para a tua reforma futura ou eventuais problemas de saúde.Se em relação aos impostos a força da lei fiscal não nos possibilita exigir ao Estado "onde,como e em quê" deve usar o nosso dinheiro,no que diz respeito aos descontos para a previdência a situação é outra.Ou devia ser.
Não importa se o INPS deve ou não investir e ser accionista de outras empresas (na minha opinião,acho que deve investir sempre que se justificar);isto constitui nada mais nada menos que uma estratégia de gestão legitima de uma administração.Também legítima é levantar dúvidas sobre a rentabilidade financeira dos investimentos do INPS;se no caso da CV Telecom,por exemplo,essa dúvida não se põe,a coisa muda de figura quando a empresa onde se investe é a Electra pela situação actual da empresa.A administração do INPS pode argumentar e garantir a rentabilidade do investimento em função de estudos efectuados.Que seja!Sou daqueles que acredita em investimentos à longo prazo,como pode ser neste caso.Mas a direcção do INPS deveria ter dado uma explicação aos seus "accionistas".
No fundo,o que deveria importar aos "pagantes" da previdência é saber se,independentemente da rentabilidade dos investimentos do INPS,a sua reforma e assistência na doença estão e vão estar sempre garantidas.Nem tudo pode ser resumida exclusivamente à política.

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