quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Centro de arte africana contemporânea

«Acontece exactamente um ano depois da cimeira UE-África, e não é por acaso. No próximo dia 9, o primeiro-ministro José Sócrates irá anunciar a criação do África.cont, um centro de arte africana contemporânea em Lisboa. Um projecto considerado estratégico para, explicou ao PÚBLICO o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, "a consolidação de Lisboa como espaço euro-africano". Ou, nas palavras de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), para "perpetuar esta realidade de Lisboa ser a ponte entre a Europa e África"...Dado que o espaço, que inclui o Palacete Pombal e três antigos armazéns, precisa de obras, a proposta de Fernandes Dias foi que se convidasse um arquitecto africano. A escolha está feita e David Adjaye (nascido na Tanzânia mas a viver em Londres) tem já pronto o anteprojecto (financiado pela Fundação Gulbenkian), que será apresentado no jantar de dia 9».

Ao mesmo tempo que congratulo-me por o Estado Português ter escolhido um arquitecto africano para projectar o futuro centro, David Adjaye, não posso deixar de notar que,em todo o PALOP,inclusive Cabo Verde,não encontraram um arquitecto de renome internacional capaz de estar presente num projecto desses.
Ou será que a crítica do ex-presidente da Agência Caboverdiana de Investimentos dirigida aos arquitectos nacionais tinha razão de ser?

5 comentários:

Anónimo disse...

...uma coisa não implica outra...
é obvio que a critica do ex-presidente da ACI, principalmente da forma como foi dita, é um autentico absurdo. tão absurda que não havia necessidade de ter sido "repescada" neste blog...
Acredita que a problemática da arquitectura e dos arquitectos em Cabo Verde é muito mais complexa (e tb interessante) do que as leviandades do sr ex-presidente ACI, e repito, muito mais interessante e complexa que esta forma como repescaste o assunto.
é bom que nao confundamos as coisas e não façamos ligações tão directas..pode ser perigoso e principalmete empobreçedor...
abr
nunolobo

Anónimo disse...

considera a hipotese de exactamente por existirem mentalidades como a do sr. ex presidente que a pratica de arquitectura feita por arquitectos caboverdianos não é valorizada ou melhor solicitada...
como a nossa arquitectura poderá ser solicitada lá fora se aqui dentro ainda n é solicitada...?????

Nhu Naxu disse...

Srs. Anónimos (Nuno Lobo),
tenho de pedir-vos desculpas se dei a entender que apoio a afirmação do ex-presidente do ACI.A vocês e a todos os arquitectos "criolos".
Contudo,tenho de voz dizer que é da responsabilidade exclusiva dos nossos arquitectos fazer de tudo para a nossa arquitectura seja valorizada e solicitada internamente e fazer de tudo para "desmentir" quem tenta denegrir a imagem dos profissionais do sector.Reparem,houve algum eco nos meios da comunicação social da resposta que os arquitectos ou a sua associação profissional deram ao ex-presidente do ACI?
Por outro lado,há uma interrogação a fazer:porquê os nossos arquitectos não «estão ainda» internacionalizado?O que estão a fazer para alcançar esse objectivo?

Anónimo disse...

podes dizer-me que actividade profissional em cv está "internacionalizada" ao nivel q tu pretendes que a arquitectura estivesse, ou seja a ponto de serem CONVIDADOS internacionalmente??????
conto pelos dedos...(Aceito sugestões)
concordo q a responsbilidade pelo estado da nossa profissão é só nossa (arquitectos) porém afirmações de descredito vindas de pessoas (INSTITUIÇÕES PUBLICAS) com responsabilidades não ajudam, ou melhor atrapalham...
será mmo um objectivo importante a "internacionalização"????
será que a falta de resposta da classe sanea o disparate dito por uma instituição publica????
enfimmm. n façamos tempestades baseadas em nada nem questiúnculas com origem em absurdos....
reitero que é saudavel que não acrescentemos a debates interessantes e necessários (caso o da arquitectura caboverdiana ou em cabo verde) coisas "pequenas" e sem interesse ditas por pessoas tb sem interesse...abraço
nunolobo

Edy disse...

Nuno,permita me intrometer no vosso debate.Eu acho que é importante a internacionalização da nossa arquitectura (se é que isso existe)e dos nossos arquitectos.Mesmo porque seria,e acredito que será inevitável no futuro,uma forma de "criar" novos mercados para o vosso saber...