Em África, todas as manhãs, uma gazela acorda. Sabe que tem de correr mais depressa que o leão, ou será morta. Em África, todas as manhãs, um leão acorda. Sabe que tem de correr mais depressa que a gazela, ou morrerá de fome. Não interessa se és leão ou gazela. Quando o Sol nascer, tens de correr mais depressa...se queres continuar vivo.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Será por ser Mulher ou por ser Lésbica?
"Islândia deverá ter a primeira chefe de Governo lésbica do mundo".Este é o título de uma noticía do público online de hoje.Lendo a notícia ficamos a saber que,provavelmente,a próxima primeira-ministra da Islândia será Johanna Sigurdardottir,66 anos e lésbica assumida.Contudo,ficamos sem saber se a noticia foi destaque por ela ser uma mulher que será a próxima primeiria-ministra ou se foi destaque por ser uma lésbica assumida.Daqui do nosso lado,congratulamo-nos por essa noticia porque o Mundo precisa urgentemente de mais mulheres a frente do poder politico e económico mundial.Independemente da sua orientação sexual...o que achas Eurídice?
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2 comentários:
Nhu Nacho,
Excelente pergunta. É uma informação que merece dupla comemoração, por incluir duas questões ainda problemáticas nas democracias contemporâneas: “género” e “orientação sexual”. As eleições europeias de 2009 vão apresentar propostas bombásticas: está a decorrer uma campanha na Europa a favor da paridade nas próximas eleições.
Quanto à tua pergunta, como eu sou heterossexual e feminística, até podia dizer que é preciso mais mulheres independentemente da sua orientação sexual. Mas sabes o que é que as minhas amigas lésbicas que não são feminísticas me diriam: “Eury, o mundo precisa de bons políticos, independentemente da categoria sexual a que pertencem”.
Mas certamente há feminísticas que ignoram as lésbicas e vão ficar chateadas: “caramba, porque é que logo agora que a Islândia tem as possibilidades de ter uma mulher como chefe de governo ela teria que ser lésbica?! Bolas pá…”. Boas almas feminísticas pensam assim.
Por isso, acho que a politização da orientação sexual dessa possível chefe do governo – embora como primeira-ministra interina - é um contributo valioso para a luta do movimento LGBT (Lésbica, Gays, Bissexuais e Transexuais). Cada vez mais é necessário que uma “política da presença” (inclusão de grupos historicamente excluídos --- a eleição de Obama segue nesta linha) caminhe juntamente com uma “política das ideias”.
A Johanna Sigurdardottir tem ainda a questão da classe social, a sua popularidade e a capacidade de liderança a favorecê-la.
Um abraço
Eury
Eury,
eu sou daqueles que acha que é preciso muito mais mulheres não só na politica mas também nas empresas ...e nem quero saber da sua orientação sexual!Mas confesso que tenho dúvidas sobre os ideais da paridade...
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